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Jovem Pan ameaça âncora que acusou ministro de Lula de ser de facção

O apresentador e âncora do programa Linha de Frente, da Jovem Pan, foi advertido pelo veículo. Tiago Pavinatto terá que dosar seus comentários de agora em diante após insinuar na última sexta-feira (19) que o ministro Flávio Dino (PSB-MA) poderia pertencer a uma facção criminosa e consequentemente, levar uma bronca do canal.

Depois de ser considerado um veículo extremo, a Jovem Pan estaria tentando diminuir essa imagem em busca de novos patrocinadores e maior audiência. Além disso, o canal sofreu sanções do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ao divulgar fake news sobre Luiz Inácio Lula da Silva, atual presidente, durante as Eleições Presidenciais de 2022, quando ele ainda era candidato.

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A intenção agora seria de diminuir os problemas causados por alguns apresentadores e portanto, o âncora Tiago Pavinatto terá que foi advertido para que comentários insinuosos não se repitam e caso contrário, ele foi ameaçado de ser retirado do ar.

Na última sexta (19), mesmo dia em que recebeu o ultimato da direção do programa, Tiago pediu para que o ministro do governo Lula, Flávio Dino (PSB-MA) explicasse o motivo de suas idas ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Para o apresentador, isso poderia ser um indício de que ele tem ligação com a facção criminosa Comando Vermelho (CV), que está em guerra com o PCC (Primeiro Comando da Capital) na região.

O apresentador usou termos como “eventualmente” e irritou a direção em que trabalha. “Como é que o senhor entrou no Complexo da Maré dominado pelo Comando Vermelho? Eu tenho todo o direito de conjecturar que esse repentino interesse por armar as Forças Armadas, ao mesmo tempo em que se muda o Artigo 142, pode servir unicamente por motivo de expulsar o PCC e ajudar, talvez, facções que sejam, eventualmente amigas”, começou ele.

“Para uma finalidade específica: tomar conta da Amazônia, que já foi tomada pelo PCC. Se o Flávio Dino, nesse entra e sai do Complexo da Maré, que ele nunca explicou, eu não posso conjecturar que, talvez, não se queira expulsar de lá o PCC por razões”, concluiu.

Sua tese infundada chegou até o ministro acusado, que se manifestou nas redes sociais. “É isso que a extrema-direita chama absurdamente de ‘liberdade de expressão’. Óbvio que não é. Em nenhum país do mundo”, escreveu Flávio Dino (PSB-MA).

Mariana Valbão

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