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Apresentador da Record fala sobre golpe ao vivo no Balanço Geral; a criança morreu
A Record está empenhada em descobrir e punir todos os envolvidos em um golpe do pix realizado por pelo menos três funcionários de sua afiliada na Bahia, a TV Itapoã e não vai medir esforços para ajudar a Polícia Civil.
Um editor e dois repórteres foram descobertos desviando doações feitas por telespectadores que viam histórias de pessoas que pediam ajuda no Balanço Geral, que é líder de audiência em Salvador.
Eles geravam uma chave pix e depositavam o dinheiro na própria conta e não repassavam nada para as vítimas.
Uma delas, uma menina que enfrentava um câncer e precisava do dinheiro para ajudar a pagar o tratamento, morreu sem conseguir e sem receber nenhum real. O caso foi descoberto porque o jogador de futebol Anderson Talisca, que doou R$ 70 mil, ligou para saber da criança e pedir um recibo para abater o valor em seu imposto de renda.
Ele foi surpreendido ao ser avisado que não tinham recebido a doação e alertou ao apresentador do programa, José Eduardo Bocão. Ao saber, o jornalista foi imediatamente à direção local da Record, que acionou a sede em São Paulo.
A Record determinou uma investigação e que todos os envolvidos fossem demitidos por justa causa, além de auxiliar a Polícia Civil nas investigações.
Ao site Notícias da TV, Bocão contou que pensou em desistir da carreira ao descobrir o golpe, mas que pesou o fato de sua luta por justiça social e definiu seus antigos colegas como ladrões: “A decepção é gigante. Sempre trabalhei com a verdade, com a justiça social, com as pessoas. Na minha vida, eu vim para uma missão. Essa missão eu encontrei na Record. Centenas e centenas de pessoas eu dei a mão, eu ajudei com a RecordTV Itapoan e São Paulo. Já vai para 16 anos aqui dentro. Você acha que vou deixar isso acabar por causa de ladrão?”.
Ele seguiu: “Que a Record e a polícia encontrem os culpados e que eles paguem pelo que fizeram, mas bem longe de mim”.