Entretenimento

Após corte no Jornalismo, Globo testa substituir profissionais por robôs

A TV Globo mostrou que tem acompanhado a evolução das novas tecnologias ao testar câmeras-rôbos no estúdio de vidro dos jornais locais de São Paulo. A inovação no setor de Jornalismo não atinge, no entanto, os locais onde não há espaço para a instalação desses equipamentos como, por exemplo, no Jornal Hoje e no Jornal da Globo.

A intenção da emissora é modernizar e economizar, já que na semana passada, já foram feitos 20 cortes na equipe técnica. Os testes foram iniciados sem que os profissionais soubessem, o que tem causado preoupação dentro da casa. Segundo o Notícias da TV, a TV Globo quer otimizar esse trabalho até o fim de junho no estúdio panorâmico da capital paulista.

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Com isso, o impacto será no Bom Dia São Paulo, com apresentação de Rodrigo Bocardi; no SP1, apresentado por Alan Severiano; e o SP2, de José Roberto Burnier. A tecnologia usada não é novidade nos programas de noticiário da casa. Em 2016, a estrutura da GloboNews passou a contar com robôs nas câmeras de operação e em 2017, o Jornal Nacional passou a ser produzido com lentes robóticas.

O controle da câmera-robô é feito através da tecnologia joystick, mesma usada nos videogames. Os profissionais da casa veem a novidade, no entanto, com uma certa preocupação. Isso porque, recentemente diversos nomes que já trabalhavam há longos anos na emissora foram desligados. Giuliana Morrone no Jornalismo e Cleber Machado no Esporte, por exemplo.

Em comunicado a emissora explicou a decisão:

“A inovação e o processo de evolução na sua forma de produzir conteúdo estão no DNA da Globo. Com o objetivo de levar a melhor experiência para o público, a Globo realiza com frequência testes de novas tecnologias, sejam câmeras, refletores, sistemas de áudio e afins. Os testes com câmeras-robôs acontecem com base nesta premissa.

Utilizamos há anos esse tipo de câmera no JN, o que trouxe uma estética mais moderna para o jornal. No BBB, por exemplo, tivemos mais de 60 câmeras-robô em operação, e isso não significa necessariamente redução de operadores de câmera”.

Mariana Valbão

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