Falta de patrocínio faz Globo suspender programa de Carnaval

O programa Seleção do Samba, idealizado pela Globo durante a pandemia para cobrir a volta do Carnaval não tera uma nova temporada. Isso porque, embora em 2021 tenha ganhado até mesmo episódios extras, o baixo faturamento não atraiu novos patrocinadores para que a emissora mantesse a atração.

Além do fato de que o Carnaval tradicional não seja mais tão acompanhado em rede nacional, devido também a expansão dos carnavais de rua, a Globo está tendo um problema quanto ao produto “Globeleza”. Segundo Gabriel David, diretor de marketing da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), o cancelamento se deve ao fato da modernização das ideias quanto ao evento festivo.

“A gente está pensando como pode reformular. Lógico que não é algo formado só pelos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro, mas entendemos que é preciso ter mudanças. Hoje, o carnaval já tem capacidade de desenvolver certas ideias próprias de outras formas, seja na internet ou em outras emissoras”, afirmou ele ao Carnavalesco.

Apresentado por Luís Roberto e com comentários de Teresa Cristina e Milton Cunha, o programa Seleção do Samba cobriu em 2021 as finais da disputa de samba-enredo nas 12 escolas do Grupo Especial do Rio de Janeiro para o Carnaval de 2022. Já no ano passado, a temporada foi apresentada na quadra das escolas contando um pouco sobre cada agremiação.

De acordo com o executivo, algumas conversas serão necessárias para que a emissora atraia novamente o público para a exibição do Carvanal. “A relação da Liga com a Globo é muito boa, temos uma parceria de anos que é fundamental para o Carnaval. Vamos ter uma série de reuniões nos próximos meses, em que será conversado sobre o produto ‘Globeleza’, para entender como podemos evoluir”, disse Gabriel.

“A ideia é voltar a se concentrar única e exclusivamente no desfile. Já os programas oriundos do Carnaval, nossa intenção é levar para outros lugares, não só a Globo. Até porque, ali a gente vai ter que entrar em uma disputa de horário e de visibilidade ao longo do ano, cujo resultado pode ficar aquém do que precisamos”, acrescentou ele.