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O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo condenou o Globoplay a pagar uma indenização por danos morais ao assinante Igor da Silva Oliveira. Ele ficou frustrado ao se tornar cliente do serviço de streaming e ainda ter que assistir a anúncios antes e durante alguns conteúdos. A decisão foi publicada em 21 de novembro, assinada pelo juiz Gustavo Sauaia Romero Fernandes.
De acordo com a decisão, o ex-assinante cancelou o serviço do Globoplay e pediu estorno do valor pago, o que foi concedido pela empresa. No entanto, mesmo após o reembolso, ele processou a Globo alegando ter sido enganado.
O juiz Romero Fernandes citou o serviço de assinatura premium do YouTube como exemplo, que oferece aos clientes a isenção de anúncios presentes na versão gratuita. Segundo o magistrado, era lógico que Igor esperasse uma situação similar em todos os vídeos exibidos pelo Globoplay, sejam eles gratuitos ou exclusivos.
A reportagem apurou que existem reclamações no site Reclame Aqui sobre o excesso de propagandas para assinantes. O problema é o mesmo: os clientes não desejam pagar R$ 24,90 pelo pacote básico e ainda ter que lidar com anúncios durante a reprodução dos conteúdos.
É comum que as reclamações aumentem entre janeiro e maio, período em que novos usuários chegam ao Globoplay por conta da transmissão 24 horas do Big Brother Brasil.
O Globoplay promete oferecer aos assinantes conteúdos na íntegra, como filmes, séries e novelas, sem a exibição de anúncios presentes na versão gratuita. Quem não é assinante ainda pode assistir a trechos de programas transmitidos pela Globo e à emissora ao vivo, mas há interrupções durante a exibição.
Na versão paga, o Globoplay afirma que os assinantes podem assistir a todos os conteúdos disponíveis em seu plano sem interrupções. No entanto, a reportagem apurou que mesmo quem paga pelo serviço de streaming da Globo ainda vê anúncios e trailers de 15 segundos no início dos vídeos.
