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Mulher é parada em aeroporto com coração velho em saco plástico após transplante

Jessica Manning, de 30 anos, viveu um momento inusitado ao se mudar da Nova Zelândia para a Austrália. Em um aeroporto australiano, ela foi parada por agentes alfandegários que descobriram um coração humano dentro de um saco plástico na sua bagagem. A explicação para a situação surreal é que o coração era o dela mesma, resultado de um duplo transplante de coração e fígado realizado há oito anos.

O passado médico de Jessica

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Jessica nasceu com seis defeitos cardíacos, o que a levou a inúmeras cirurgias ao longo da infância. Suas primeiras três operações cardíacas ocorreram aos 5 meses, 3 anos e 6 anos de idade. Ao todo, foram mais de 200 procedimentos médicos antes do transplante que salvou sua vida.

O caminho para o transplante

Aos 19 anos, Jessica sofreu uma insuficiência cardíaca, seguida por um diagnóstico de doença hepática aos 22 anos, causada por um procedimento realizado quando ela tinha 3 anos. Em dezembro de 2016, ela foi avaliada para um duplo transplante de coração e fígado, um procedimento nunca realizado na Nova Zelândia ou na Austrália em alguém com seus problemas cardíacos congênitos. Após uma longa espera e muitas incertezas, ela foi finalmente colocada na lista de transplantes em abril de 2017 e esperou 16 meses até receber os novos órgãos.

Luta pela doação de órgãos

Durante o período de espera, Jessica iniciou uma petição para tornar obrigatória a doação de órgãos na Nova Zelândia. Ela acreditava que isso salvaria vidas e reduziria a incerteza e a espera angustiantes enfrentadas por pacientes necessitados de transplantes.

Após o transplante bem-sucedido, Jessica sentiu pela primeira vez o que era “ser normal”. Ela descreveu ao “NZ Herald” a sensação de finalmente conseguir respirar sem dificuldade e fazer atividades que antes eram impossíveis devido às suas limitações respiratórias.

A surpresa na alfândega

Ao ser parada no aeroporto, Jessica passou cerca de uma hora explicando sua história de saúde aos agentes alfandegários. Após compreenderem a situação, os funcionários permitiram que ela seguisse viagem com seu antigo coração, que agora está seguro em seu guarda-roupa.

Marcos Amaral

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