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Neste último sábado (27) a empresa de telecomunicações C Spire anunciou que não faria mais parte do grupo de patrocinadores das Olimpíadas 2024 em Paris. A decisão veio após uma apresentação polêmica na cerimônia de abertura, considerada por muitos como uma satira da “Última Ceia”, a famosa passagem religiosa também eternizada pela obra de Leonardo da Vinci.
O ato foi realizado por um grupo de drag queens, que recriaram o momento em que Jesus Cristo se reúne com seus apóstolos para a última refeição antes de ser preso e crucificado. A encenação que ocorreu na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, na sexta-feira (26), causou indignação entre diversos espectadores, que a consideraram uma blasfêmia.
“Ficamos chocados com a zombaria da Última Ceia durante as cerimônias de abertura das Olimpíadas de Paris. C Spire retirará nossa publicidade das Olimpíadas”, declarou a empresa C Spire em uma publicação no Twitter/X.
O governador do Mississippi também expressou apoio à decisão da empresa: “Estou orgulhoso de ver o setor privado no Mississippi se adiantar e colocar o pé down. Deus não será ridicularizado. C Spire traçou uma linha apropriada e de bom senso”.
Resposta do diretor artístico
Thomas Jolly, diretor artístico da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, negou que a apresentação tivesse qualquer intenção de satirizar Jesus. Em entrevista à emissora de televisão francesa BFM TV, Jolly explicou que a inspiração veio de Dionísio, o deus grego do vinho, das festas, do teatro e da alegria.
“A Última Ceia? Essa não foi minha inspiração. Dionísio chega a essa mesa. Ele está lá, por quê? Porque ele é o deus da festa, do vinho, e pai de Sequana, deusa ligada ao rio. A ideia era fazer uma grande festa pagã ligada aos deuses do Olimpo”, afirmou Jolly.
A apresentação, segundo Jolly, pretendia celebrar a cultura e a mitologia grega, integrando elementos pagãos em uma grande festa olímpica. A reação negativa, no entanto, levou a C Spire a reavaliar e retirar seu apoio financeiro ao evento.
