Divulgação/CBF
A única mulher com cargo de diretora na CBF (Confederação Brasileira de Futebol) foi demitida após denunciar que sofreu assédio do auxiliar do presidente, Ednaldo Rodrigues. Luísa Rosa era da área patrimonial e estava no posto desde abril deste ano. A denúncia foi feita à Comissão de Ética do Futebol Brasileiro (CEFB) contra Arnoldo Nazareth, gerente geral operacional.
Assessor direto de Ednaldo, o próprio presidente foi quem a demitiu. Sobre a denúncia de assédio, Rosa afirmou que teve crises de ansiedade por conta de atitudes machistas de Nazareth, que também tentava tirar a autonomia da diretora, segundo os relatos. Em seu relato, ela ainda declarou que chegou a se afastar do trabalho por oito dias, por recomendação médica.
Embora a CBF não tenha comentado sobre as denúncias, a entidade máxima do futebol brasileiro afirmou que o presidente agradeceu Rosa por seus feitos.
Além de anunciar na última quarta-feira (05) que o cargo será ocupado por Catherine Negreiros Carneiro da Cunha, em nota a entidade escreveu que Ednaldo “fez um agradecimento à ex-diretora da área, Luisa Rosa, pelo período em que esteve à frente da diretoria de Infraestrutura e Patrimônio, ressaltando que seu trabalho em muito contribuiu para a área e para a CBF, principalmente no que diz respeito ao legado da Copa do Mundo”.
A demissão de Luísa Rosa aconteceu depois do depoimento de três testemunhas, indicadas diretamente por ela à comissão de ética, negaram que tenham presenciado os atos de Nazareth denunciados por ela.
