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Vídeo mostra mãe filmando Djidja usando drogas: “Ganhando poderes”

Em um crime que chocou o Brasil, a ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, de 32 anos, foi encontrada morta em sua casa em Manaus, no dia 28 de maio de 2024. As investigações revelaram um cenário ainda mais macabro: Djidja foi dopada pela própria mãe, Cleusimar Cardoso, em um ritual religioso bizarro.

Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra Cleusimar injetando uma substância misteriosa em Djidja, que aparece inerte e sem ocorrência. A mãe, em tom delirante, afirma que a filha está ““Espia, ela tá ganhando poderes. Ela deu três seringadas e eu tô filmando ela”” e que a cetamina, a substância injetada, “não faz mal a ninguém”. 

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Cetamina, um anestésico perigoso para humanos

É importante ressaltar que a cetamina, geralmente utilizada como anestésico para animais de grande porte, é extremamente perigosa para humanos , podendo causar graves problemas respiratórios e até mesmo a morte. A declaração de Cleusimar, de que a cetamina é inofensiva, demonstra a ocorrência da realidade e a cegueira fanática que a cometeu tal atrocidade. 

A família de Djidja faz parte de uma seita religiosa que distorce os ensinamentos da Bíblia. Nessa seita, cada membro assumia a identidade de uma figura bíblica: Djidja era Maria Madalena, Cleusimar era Maria de Nazaré e o irmão, Ademar Cardoso Neto, era feito como Jesus Cristo. 

Morte por depressão dos centros cardiorrespiratórios, segundo laudo do IML

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou como causa da morte de Djidja a depressão dos centros cardiorrespiratórios centrais bulbares, com congestão e edema cerebral. As causas precisas que levaram à depressão nesses centros ainda estão sob investigação, mas o papel da cetamina e das práticas ritualísticas da seita não podem ser descartados.

Uma vida promissora ceifada pela fé distorcida

Djidja, além de ex-sinhazinha do Boi Garantido entre 2015 e 2020, era empresária e tinha um salão de beleza junto com a família. Sua morte precoce e trágica deixa um vazio imenso na comunidade e levanta questionamentos sobre a influência de seitas e parecem distorcidas na vida das pessoas.

A Polícia Civil do Amazonas investiga o caso e indiciou toda a família de Djidja por tráfico de drogas e pela morte da ex-sinhazinha. A busca por respostas e a necessidade de justiça para Djidja e sua família continuam.

Marcos Amaral

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