Benjamin Mendy, ex-jogador do Manchester City, declarou perante um tribunal que foi injustamente “excluído” por seu antigo clube. O jogador envolve na narrativa companheiros do clube, alegando que o comportamento de outros também não era adequado. O caso ganha destaque não apenas pela busca de justiça de Mendy, mas também pelas importantes questões trabalhistas e contratuais que levanta.
Mendy, que ingressou no Manchester City em uma transferência de £ 52 milhões (R$ 378 milhões na cotação atual) do Mônaco em 2017, foi suspenso após ser acusado de quatro crimes de estupro e um de agressão sexual em agosto de 2021. Essas acusações marcaram o início de uma suspensão que incluiu a interrupção de seu salário. O contrato de Mendy com o clube previa um salário anual de £ 6 milhões (R$ 43 milhões na cotação atual), com bônus associados à qualificação para a Liga dos Campeões e outras metas de desempenho.
No tribunal, Mendy apresentou uma declaração escrita mencionando que outros jogadores do primeiro time, incluindo o capitão do clube, participavam das mesmas festas onde se aplicavam comportamentos semelhantes, como o consumo de álcool e violação das restrições de Covid-19. Mendy afirmou que, enquanto outros não enfrentaram consequências semelhantes, ele foi falsamente acusado e humilhado publicamente.
Após as acusações, Mendy viu seu contrato ser suspenso sob o argumento de que ele não estava pronto e apto a desempenhar suas funções de trabalho. A decisão do Manchester City foi baseada no fato de ele ter sido detido antes do julgamento e suspenso pela Associação de Futebol. O jogador, agora contratado pelo Lorient da França, processa o clube alegando “deduções não autorizadas” de seu salário, citando o máximo de seis semanas de suspensão de pagamento permitidas segundo seu contrato.
Mendy foi absolvido de várias acusações após um longo julgamento, mas o processo por alegadas violações contratuais continua. O Manchester City defende que Mendy violou seu contrato ao se envolver em comportamentos que mancharam a reputação do clube e impediram sua participação em atividades futebolísticas. As decisões deste caso podem definir precedentes importantes para contratos de jogadores e as responsabilidades das partes dentro do esporte.