Erik ten Hag, demitido agora e na altura treinador do United, teve um papel fundamental na chegada desses jogadores (Divulgação/Manchester United/X)
Nos últimos anos, o Manchester United esteve no centro das atenções não só pelos resultados em campo, mas também pelas movimentações no mercado de transferências. Entre essas, destaca-se as contratações de Antony e Casemiro, ambas ocorridas no verão de 2022. Esses movimentos, que envolveram investimentos significativos, foram cercados de expectativas e suscitaram debates intensos sobre seu impacto no time. É o que pensa Gary Neville, ex-seleção e Manchester United.
Erik ten Hag, na altura treinador do United, teve um papel fundamental na chegada desses jogadores. Com grandes ambições em mente, o clube estava em busca de revitalizar sua presença tanto na Premier League quanto nas competições europeias. Entretanto, nem todas as apostas renderam os frutos esperados, como ilustra o debate acalorado em torno de Antony e Casemiro.
O Manchester United, buscando reforçar o elenco após uma série de resultados desfavoráveis, centrou suas atenções em dois nomes de peso: Antony, um jovem talento do Ajax, e Casemiro, uma lenda do meio-campo do Real Madrid. A aquisição de Antony, por cerca de £ 80 milhões (R$ 600 milhões), se deu pela expectativa de adicionar criatividade e incisividade nas alas ofensivas do time. Já Casemiro, contratado por £ 70 milhões (R$ 526 milhões), trazia consigo a experiência e a liderança adquirida em anos de sucesso na Espanha.
Essas contratações foram vistas como respostas à urgência de mudanças táticas e técnicas após tropeços iniciais na temporada. No entanto, a execução da estratégia dessas aquisições gerou questionamentos, tanto em relação aos altos valores envolvidos quanto ao desempenho posterior dos jogadores.
Analisando mais de um ano após suas chegadas, a trajetória de Antony e Casemiro no Manchester United foi marcada por desafios. Antony, que estava na vanguarda em Ajax, encontrou dificuldades em se firmar como titular constante na Premier League. O estilo de jogo mais físico e rápido em comparação à Eredivisie pode ter contribuído para suas exibições inconsistentes.
Por outro lado, Casemiro trouxe ao clube o pedigree de campeão, mas enfrentou uma adaptação mais complicada do que muitos imaginaram. As exigências do futebol inglês, associadas ao estágio da carreira do brasileiro, fizeram com que seu impacto imediato fosse inferior às expectativas criadas em seu nome. Assim, as críticas começaram a surgir, destacando o retorno limitado sobre o investimento feito.
A contratação de Antony e Casemiro, avaliada por nomes influentes como Gary Neville, foi alvo de críticas quanto à pressa e ao custo elevado. Questiona-se se essas aquisições representaram um “pânico” depois de derrotas iniciais como contra Brentford e Brighton, levando o clube a gastar somas vultosas na esperança de um retorno rápido.
Tal crítica não é isolada. Analistas do futebol destacam como, muitas vezes, decisões de compras são tomadas em resposta a aumentos de pressão após resultados adversos imediatos, sem considerar plenamente o encaixe dos jogadores no sistema tático da equipe.
Para evitar erros similares, muitos sugerem que o Manchester United reveja sua abordagem estratégica ao mercado de transferências. Isso envolve não apenas uma análise detalhada do encaixe tático e técnico dos jogadores, mas também uma avaliação das dinâmicas financeiras e do timing das contratações.
Com atenção a esses aspectos, o United poderia navegar melhor suas futuras incursões no mercado, garantindo que o impacto de cada jogador adquirido seja positivo e alinhado com os objetivos de longo prazo da equipe. Em última análise, é sobre assegurar que o clube retome consistentemente sua posição entre a elite do futebol, tanto na Inglaterra quanto na Europa.
