A mineira Ana Carolina Moura, de 29 anos, se sagrou campeã paralímpica de taekwondo nesta sexta-feira, 30, ao superar a francesa Djelika Diallo na final da categoria até 65kg, no Grand Palais. Mesmo diante de um ginásio lotado torcendo pela adversária, a brasileira se impôs e venceu por 13 a 7.
No caminho até o ouro, Ana venceu a grega Christina Gkentzou por 11 a 7, nas quartas de final, e a camaronesa Marie Antoinette Dassi por 21 a 1, na semifinal, garantindo uma vaga na decisão. Esta foi a estreia de Ana Carolina Moura em Jogos Paralímpicos.
A jornada de Ana Carolina Moura até o ouro paralímpico foi marcada por uma série de conquistas. Na preparação para o megaevento, ela acumulou bons resultados, que a credenciaram a chegar como uma das favoritas a uma medalha em Paris 2024.
Entre suas principais conquistas, destacam-se o ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e também o título mundial no México no mesmo ano.
Na final, disputada contra a francesa Djelika Diallo, Ana Carolina Moura demonstrou tranquilidade e técnica apurada. Apesar do apoio maciço do público para a adversária, a brasileira conseguiu impor seu ritmo, vencendo a luta com um placar de 13 a 7. Uma das chaves para seu sucesso foi sua capacidade de manter a calma e seguir a estratégia planejada com sua equipe.
A campeã paralímpica nasceu com uma má-formação congênita no antebraço direito. Curiosamente, ela começou a praticar taekwondo como uma forma de se defender, após ser assaltada e perder um colar que havia ganhado de uma tia quando nasceu.
Com muito esforço e dedicação, Ana transformou essa adversidade em uma oportunidade, se destacando no esporte e conquistando diversos títulos importantes em sua carreira.
Além de Ana Carolina Moura, outros atletas brasileiros também brilharam no taekwondo paralímpico. Silvana Fernandes, da categoria até 57kg, faturou a medalha de bronze ao derrotar Kamilya Dosmalova, do Cazaquistão, por 28 a 3.
Já o paulista Nathan Torquato, da categoria até 63kg, não teve a mesma sorte. Ele foi superado pelo turco Mahmut Bozteke, por 10 a 6, durante a semifinal. Durante o combate, Nathan sofreu uma entorse no joelho esquerdo e ficou fora da disputa pelo bronze.
A participação dos brasileiros no taekwondo paralímpico foi marcada pelo esforço e pelas histórias de superação de cada atleta. As conquistas são um reflexo do trabalho em equipe e da dedicação intensa ao esporte.
Com a medalha de ouro no peito, Ana Carolina Moura já pensa no futuro. Ela pretende continuar treinando intensamente e participando de competições internacionais, com o objetivo de manter-se no topo do pódio e inspirar outras pessoas com sua história de vida e conquistas no esporte.
De fato, a trajetória de Ana é uma prova de que a determinação e o trabalho duro podem superar qualquer obstáculo, permitindo que se alcance grandes vitórias.