Bruno Cantini/Atlético-MG
O presidente do Atlético teria tomado a decisão de renunciar ao cargo de presidente do clube logo após a votação do conselho sobre a transformação do time em um clube-empresa, a SAF, que está marcada para o próximo dia 20.
De acordo com fontes ouvidas pelo Jornal Aqui, o clima está pesado na diretoria do Galo, que decidiu abandonar o Forte Futebol pela Libra em uma decisão que precisou de muito contorcionismo para ser anunciada.
O acordo da Libra, que era péssimo até semana passada, passou a ser ótimo de um dia para o outro, literalmente.
Totalmente contrário ao projeto desde sempre, Sérgio Coelho se viu com uma ‘cara de tacho’ frente aos outros presidentes de clubes e está sendo cobrado a renunciar pelos mesmos. Ele foi um dos presidentes que idealizou a Futebol Forte e publicamente sempre foi seu maior defensor.
“Nós, da LFF, não concordamos com isso. Assim como a Leila (do Palmeiras) percebeu e não aceita também. E acredito que outros clubes da Libra deveriam acompanhar esse raciocínio. Se eles perceberam e estão de acordo, então paciência”, disse em maio.
Como Sérgio Coelho não se submeteu a dar uma entrevista coletiva sobre a mudança de postura do clube, a tarefa coube ao CEO do Atlético, Bruno Muzzi.
Suas afirmações na coletiva, porém, acabaram sendo contestadas pela LFF, que emitiu uma longa nota rebatendo ponto por ponto.
Segundo as fontes ouvidas pelo Aqui, o presidente estaria decidido a renunciar do cargo e só não o fez ainda porque considera que sair neste momento poderia causar um ruído muito grande e sinalizar desunião.
Como clube se prepara para votar sua SAF, a ideia é esperar a votação e anunciar depois a decisão de deixar o clube.
A assessoria de imprensa do Atlético entrou em contrato com o Jornal Aqui na tarde desta terça-feira, 18, para afirmar que a “informação não procede” e que “não existe a possibilidade” dele renunciar.
Na manhã desta terça-feira, 18, o conselheiro benemérito Cláudio Utsch, ex-presidente do Conselho de Ética e Disciplina, ingressou com um documento questionando o processo da SAF e afirmando que ele é “viciado”.
Ele questiona o fato de que os vendedores da SAF são exatamente os compradores, grupo apelidado de 4R’s. Pede a suspensão da votação do próximo dia 20 e a questão pode ir parar na Justiça.
