Lucas Figueiredo - CBF
O mundo do futebol está de luto com a triste notícia do falecimento de Mário Jorge Lobo Zagallo, aos 92 anos de idade. O ex-jogador e ex-treinador multicampeão nos deixou nesta sexta-feira, 5, na cidade do Rio de Janeiro. Sua morte foi causada por falência múltipla de órgãos, conforme confirmado pela assessoria de Zagallo em comunicado nas redes sociais.
De acordo com informações da GloboNews, o tetracampeão mundial estava internado desde o dia 26 de dezembro no Hospital Barra D’Or, onde veio a falecer às 23h41. Zagallo enfrentava múltiplas comorbidades nos últimos momentos em vida, o que levou à falência dos órgãos.
Em um texto divulgado no X (antigo Twitter), Lula destacou a carreira brilhante de Zagallo, considerando-o um dos maiores técnicos e jogadores de futebol de todos os tempos.
Para o presidente, Zagallo foi um grande vencedor e um símbolo de amor pela Seleção Brasileira e pelo Brasil. Ele ressaltou as características marcantes do ex-técnico, como coragem, dedicação, paixão e até mesmo suas superstições. Segundo Lula, Zagallo era um exemplo de brasileiro que nunca desistia.
Lula enfatizou que o legado deixado por Zagallo é uma lição de carinho, amor, dedicação e superação não apenas para o futebol mundial, mas para todo o país. O presidente também relembrou as conquistas mundiais do atleta como jogador e técnico de futebol, exaltando seu papel fundamental nas Copas de 1958, 1962, 1970 e 1994.
A trajetória de Mário Jorge Lobo Zagallo é marcada por inúmeras conquistas e um legado indiscutível. Ele foi muito mais do que um jogador e treinador renomado, mas também um pai devotado, avô amoroso, sogro carinhoso, amigo fiel e um grande ser humano. Sua partida deixa uma lacuna no coração de todos aqueles que o admiravam.
Zagallo entrou para a história como o único futebolista tetracampeão da Copa do Mundo. Nascido em Atalaia (AL), ele começou sua jornada nas categorias amadoras do America-RJ, seu clube do coração. Foi lá que conquistou seu primeiro título, o Campeonato de Amadores do Rio de Janeiro, além do Torneio Início do Campeonato Carioca, em 1949.
Em 1950, Zagallo foi transferido para o Flamengo, onde se consagrou tricampeão do Carioca entre 1953 e 1955. No entanto, após a Copa do Mundo de 1958, ele assinou com o Botafogo e viveu grandes momentos ao lado de craques como Garrincha, Didi e Nilton Santos. Pelo Glorioso, conquistou dois títulos estaduais e a Taça Brasil.
Seus feitos nos clubes cariocas chamaram a atenção da Seleção Brasileira, e Zagallo teve a honra de representar o país nas conquistas das Copas de 1958 e 1962. Sua velocidade, inteligência tática e deslocamentos rápidos o tornaram um jogador admirado por todos.
Após pendurar as chuteiras em 1966, Zagallo iniciou uma carreira vitoriosa como treinador. Começou nas categorias de base do Botafogo e passou por grandes clubes como Flamengo, Vasco da Gama, Fluminense, Bangu e Portuguesa. Além disso, também teve experiências internacionais, comandando o Al-Hilal, da Arábia Saudita.
Sua trajetória com a Seleção Brasileira não terminou com a aposentadoria como jogador. Zagallo teve a honra de treinar a Canarinho nas conquistas das Copas de 1970 e 1994, esta última lhe rendendo o título único de tetracampeão mundial. Seu último trabalho na seleção foi em 2006, como parte da comissão técnica de Carlos Alberto Parreira.
