Justiça

Tiro acidental durante briga resulta em morte e dupla é condenada em BH

Uma discussão dentro de casa, um revólver puxado em meio ao tumulto e um disparo que mudou o rumo da história. O 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte condenou, nesta segunda-feira (14), dois homens por homicídio e tentativa de homicídio, ambos qualificados. 

O crime aconteceu em dezembro de 2022, no bairro Alto Vera Cruz, região Leste da capital mineira. A pena de 17 anos e 6 meses de prisão para cada um dos réus, que já estavam presos e não poderão recorrer em liberdade.

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Crime no bairro Alto Vera Cruz terminou com morte de mulher no sofá

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a briga começou dentro de uma casa onde os três homens estavam. Um dos réus agrediu o outro com coronhadas na cabeça e um mata-leão. 

Em seguida, sacou a arma e atirou. O disparo atingiu de raspão o homem, mas acabou acertando uma mulher que estava sentada no sofá. Ela foi socorrida, mas morreu a caminho do Hospital João XXIII.

Durante o julgamento, os réus apresentaram versões diferentes do ocorrido. Um deles disse que já tinha conflitos anteriores com a vítima, a quem acusava de cometer pequenos furtos na casa da então namorada. Ele admitiu que andava armado com um revólver herdado da família, mas negou ter disparado. Afirmou que estava fora da casa quando o tiro aconteceu.

Réu alegou disparo acidental em meio a luta corporal

O segundo condenado também confirmou a briga e disse que foi atacado com uma chave de fenda. Segundo seu relato, houve luta corporal e, durante o confronto, a vítima teria tentado pegar um estilete. Nesse momento, a arma teria disparado acidentalmente. A bala atingiu a mulher que não participava da briga.

O juiz Vitor Marcos de Almeida Silva presidiu o julgamento e definiu a pena com base na decisão dos jurados. A condenação foi por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e meio que dificultou a defesa da vítima) e tentativa de homicídio nas mesmas condições. Os dois homens seguem presos e não poderão recorrer em liberdade.

Ana Clara Parreiras

Jornalista formada pelo UniBH, com experiência em comunicação corporativa, social media, marketing e redação. Já atuou na comunicação da Associação dos Suinocultores de Minas Gerais, no marketing do grupo Diários Associados e na redação do Jornal Estado de Minas. Atualmente, é repórter e redatora nos portais Sou BH e Aqui.

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Ana Clara Parreiras
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