Mundo
Corredor mais velho do mundo morre aos 114 anos em atropelamento
Corredor foi vítima de um acidente de carro enquanto caminhava em sua aldeia natal, na Índia
O homem indiano considerado o corredor mais velho do mundo morreu nesta terça-feira (15) aos 114 anos. Fauja Singh foi vítima de um atropelamento na região de Punjab, na Índia, de acordo com seu biógrafo, Khushwant Singh, enquanto caminhava em sua aldeia natal.
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Considerado um símbolo de resistência e fé, Singh começou a participar de maratonas somente aos 89 anos, após décadas de trabalho como agricultor e desafios pessoais profundos. Sua morte gerou repercussão internacional, com homenagens vindas de líderes políticos, instituições esportivas e admiradores que destacaram seu impacto não apenas no esporte, mas também na luta contra o preconceito etário.
Quem foi Fauja Singh?
Nascido em 1911, segundo consta em seu passaporte britânico, Fauja Singh viveu boa parte da vida no pequeno vilarejo de Beas Pind. Era um nome pouco conhecido até ingressar no cenário das corridas de longa distância no final do século XX.
Após enfrentar perdas familiares, a corrida tornou-se para Singh não apenas um esporte, mas uma forma de reencontrar o propósito. Sua estreia em provas oficiais aconteceu na Maratona de Londres, em 2000, quando já estava com 89 anos de idade.
Durante mais de uma década como maratonista, Singh cruzou diversas linhas de chegada em eventos internacionais. Um de seus marcos históricos foi o feito de ser o primeiro centenário a completar uma maratona, em Toronto, no Canadá, no ano de 2011. Seu desempenho chamou atenção para a relação entre envelhecimento ativo e qualidade de vida, além de inspirar atletas de todas as idades.
Ao longo de sua carreira, Fauja Singh acumulou marcas expressivas que consolidaram sua imagem como referência esportiva mundial. Entre os destaques, está o término da Maratona de Londres em mais de uma edição, além de percorrer dez quilômetros em Hong Kong já com 102 anos.
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Singh também ganhou visibilidade após participar de campanhas publicitárias com celebridades esportivas e ser escolhido como condutor da tocha olímpica em Londres 2012.
Apesar de nunca ter tido um registro de nascimento oficial, o que impediu seu reconhecimento pelo Guinness World Records, Singh era amplamente tratado na imprensa internacional como o maratonista mais longevo da história.
Sua longevidade e disposição em desafiar barreiras culturais e físicas fizeram com que recebesse o apelido de “Tornado de Turbante”.
Fauja atribuía seu sucesso a uma filosofia de vida baseada em simplicidade, alimentação saudável e atividade física constante.
Instituições esportivas, clubes e entidades culturais passaram a promover eventos e iniciativas para homenagear sua memória. O clube Sikhs in the City, ao qual Singh era afiliado, organiza atividades especiais para reforçar o valor da inclusão e da participação de idosos no esporte.