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Deputada exibe ‘foto nua’ no parlamento durante discussão

Recentemente, a parlamentar neozelandesa Laura McClure exibiu uma foto nua adulterada de si mesma no Parlamento durante uma discussão sobre o uso da tecnologia deepfake, que pode criar imagens e vídeos falsos, mas convincentes. Seu objetivo era chamar a atenção para os perigos dessa tecnologia, que pode ser usada para criar pornografia não consensual e outras formas de abuso digital.

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McClure demonstrou como é fácil acessar ferramentas online que permitem a criação de deepfakes, muitas vezes sem qualquer tipo de restrição. A maioria dessas imagens manipuladas são de mulheres, e a falta de regulamentação eficaz aumenta o risco de uso indevido.

A ação de McClure visa impulsionar mudanças legais na Nova Zelândia, seguindo o exemplo do Reino Unido, que já implementou leis para punir a criação e compartilhamento de deepfakes sem consentimento.

Como o deepfake funciona?

Deepfakes são criados utilizando inteligência artificial para sobrepor imagens ou vídeos falsos sobre imagens reais. Essa tecnologia pode ser usada para criar conteúdos que parecem autênticos, mas que são completamente fabricados. A facilidade de acesso a essas ferramentas online torna a criação de deepfakes uma prática comum, levantando preocupações sobre privacidade e consentimento.

No Reino Unido, a legislação recente prevê penas de até dois anos de prisão para aqueles que criam ou compartilham deepfakes sem consentimento. Essa medida visa proteger indivíduos de serem vítimas de pornografia não consensual e outras formas de abuso digital. No entanto, muitos países ainda não possuem leis específicas para lidar com essa questão, deixando as vítimas sem proteção legal adequada.

Regulamentação

A regulamentação dos deepfakes é crucial para proteger a privacidade e a dignidade das pessoas. Sem leis claras, as vítimas de deepfakes enfrentam dificuldades para buscar justiça e reparar os danos causados. Além disso, a falta de regulamentação pode levar a um aumento na disseminação de conteúdos falsos, impactando negativamente a confiança pública em imagens e vídeos.

Redação Aqui

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