Enfermeira mantinha relação com presidiário e dizia querer marido “fora de cena” para poder se casar novamente
Uma enfermeira prisional do Missouri, nos Estados Unidos, foi condenada a 19 anos de prisão na última quarta-feira (26) após confessar ter matado o próprio marido com anticongelante e provocado um incêndio para encobrir o crime.
Amy Murray, 46, declarou-se culpada por homicídio em segundo grau, incêndio criminoso e adulteração de provas. O acordo judicial evitou que ela fosse condenada à prisão perpétua.
A vítima, Joshua Murray, tinha 37 anos e foi inicialmente considerado vítima de um incêndio acidental ocorrido em fevereiro de 2019, na casa onde vivia com Amy, em Iberia, cidade de cerca de 700 habitantes.
A autópsia, no entanto, revelou ferimentos incompatíveis com morte por fogo e a presença de altos níveis de etilenoglicol, substância presente em anticongelantes automotivos, o que levou o legista a concluir pela causa homicida.
O motivo do assassinato foi revelado durante a investigação. Amy mantinha um relacionamento com Eugene Claypool, detento do Centro Correcional de Jefferson City, onde ela trabalhava como enfermeira. Claypool cumpre pena por homicídio.
Conversas telefônicas gravadas entre os dois foram apresentadas pela Promotoria. Em uma delas, Amy afirma que não queria mais viver com o marido e que poderia se casar com Eugene assim que “Josh estivesse fora de cena”. As gravações foram determinantes para a acusação.
A polícia prendeu Amy três meses após o crime. Na época, ela pagou uma fiança de US$ 750 mil (cerca de R$ 4,2 milhões) e aguardou julgamento em liberdade.
A defesa argumentou que Joshua poderia ter ingerido o anticongelante por conta própria, mas o juiz descartou essa possibilidade.
Durante o julgamento, a tia de Joshua, Sherry Thompson, leu uma carta ao tribunal. “Josh era um bom marido e pai fiel.
Durante anos, teve sua própria empresa de construção e trabalhou duro para sustentar sua família”, afirmou.
Com a confissão e o acordo judicial, Amy Murray deverá cumprir a pena em regime fechado. A Justiça do Missouri não informou se a condenada continuará a responder por outros processos relacionados ao caso.