Polícia mantém em sigilo a identidade dos moradores. Crédito: Banco de imagens/ Unsplash
Na manhã de 5 de novembro, a guatemalteca María Florinda Ríos Pérez, de 32 anos, morreu após levar um tiro na cabeça. O caso ocorreu quando a faxineira tentava abrir a porta de uma residência em Whitestown, subúrbio de Indianápolis, no estado de Indiana. Ela acreditava que aquele era o imóvel onde deveria trabalhar, porém se enganou de endereço.
A polícia de Whitestown chegou rapidamente ao local e encontrou a faxineira sem vida nos braços do marido, Mauricio Velázquez, na varanda da casa, pouco antes das sete da manhã, no horário local. Em seguida, os agentes registraram a ocorrência como uma possível invasão de domicílio. Entretanto, a investigação inicial mostrou que o casal não entrou na residência em nenhum momento.
As autoridades encaminharam o caso ao Ministério Público do Condado de Boone, que agora avalia se deve apresentar acusações formais contra o morador que disparou a arma. Enquanto isso, a polícia optou por não divulgar a identidade das pessoas que estavam dentro do imóvel, pois considera que o processo é complexo, delicado e ainda está em andamento.
Em entrevista à CBS News, Mauricio Velázquez afirmou que espera justiça pela morte da esposa, mãe de quatro filhos. Ele relatou à afiliada WTTV que a bala atravessou a porta da casa. Segundo ele, a pessoa que atirou não estava em seu juízo normal e agiu de maneira impensada.
O irmão da vítima, Rudy Ríos Pérez, explicou ao jornal The New York Times que o casal havia emigrado da Guatemala há três anos em busca de melhores oportunidades. Naquele dia, eles haviam sido contratados para limpar uma residência nova, onde nunca haviam estado antes. Ao chegar ao endereço que acreditavam ser o correto, tentaram abrir a porta principal com as chaves fornecidas pelos clientes, mas não conseguiram.
Nesse momento, um disparo partiu de dentro da casa, atravessou a porta e atingiu a faxineira na cabeça. Posteriormente, a família descobriu que a casa correta onde deveriam trabalhar ficava logo atrás da residência onde o tiro ocorreu.
O governo da Guatemala acompanhou o caso desde o início. Em comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores informou que presta assistência consular, jurídica e migratória à família por meio do Consulado de Chicago. O órgão ressaltou que María Florinda Ríos Pérez, natural de Quetzaltenango, perdeu a vida de forma trágica enquanto se preparava para começar seu trabalho em Whitestown. Ela deixa o marido e quatro filhos.
Por fim, o governo guatemalteco destacou que continuará acompanhando a investigação de perto e espera que as autoridades dos Estados Unidos esclareçam o ocorrido e responsabilizem o autor do disparo. Dessa forma, a família poderá ter justiça e encerrar o doloroso ciclo de incerteza que se seguiu à morte da jovem trabalhadora.
