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Homem é condenado por matar pai e postar vídeo do crime nas redes

Acusado afirmou que usou o vídeo com o objetivo de divulgar uma mensagem política e atrair engajamento online

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homem preso dando entrevista
Crédito: reprodução / NY Post

Um homem foi considerado culpado por assassinar e decapitar o próprio pai dentro de casa nessa sexta-feira (11). O crime ocorreu em janeiro de 2024 e, à época, Justin D. Mohn, então com 33 anos, foi acusado de assassinar e decapitar Michael Mohn dentro da residência da família situada em Levittown, em Bucks County, Pensilvânia (EUA). Depois, ele exibiu as imagens do corpo do pai nas redes sociais.

O episódio ocorreu em meio a tensões familiares e motivações descritas por Justin como políticas. Durante o julgamento, detalhes do crime e das justificativas apresentadas pelo acusado vieram a público. O crime chocou vizinhos e familiares, além de atrair um intenso acompanhamento da imprensa local e nacional ao longo das investigações.

O crime rapidamente ganhou repercussão devido à natureza explícita das imagens que circularam pela internet. Justin Mohn não apenas admitiu ter atirado contra o próprio pai, como também filmou a cena e publicou um vídeo na plataforma YouTube exibindo atos violentos. O vídeo, de aproximadamente 14 minutos, esteve disponível por algumas horas até ser removido.

Segundo informações divulgadas, o acusado afirmou que usou o vídeo com o objetivo de divulgar uma mensagem política e atrair engajamento online. O conteúdo foi utilizado para fazer pedidos controversos às autoridades e, segundo ele, “diminuir a violência” ao chamar atenção para sua causa. Ainda durante a instrução do processo judicial, Mohn chegou a declarar que planejava realizar uma “prisão de cidadão”, acusando o pai de traição.

Motivações do crime

A motivação do crime foi amplamente discutida no decorrer do julgamento. De acordo com depoimentos, Justin Mohn alegou que seu pai estaria atrapalhando suas ambições políticas, comparando sua trajetória à de ex-presidentes e insistindo numa teoria de traição dentro da própria família. Diferentes versões sobre o que teria acontecido foram apresentadas pelo acusado, que afirmou ter agido em legítima defesa após uma suposta tentativa de reação da vítima.

Procuradores e autoridades afirmaram que o réu demonstrou ausência de remorso durante os trâmites processuais. Materiais apreendidos com Justin incluem registros de instalações federais e instruções para fabricação de artefatos, levantando preocupações quanto a outros possíveis riscos à segurança pública.

Prisão perpétua

Justin Mohn condenado à prisão perpétua sem direito a liberdade condicional. A decisão foi anunciada pelo Juiz Stephen A. Corr, que considerou a confissão, as evidências apresentadas e a repercussão do crime.

A promotoria ressaltou o impacto causado pela divulgação das imagens e a preocupação da comunidade local diante de situações que envolvem violência extrema e exposição midiática.