
Homem foi acusado mais de 25 anos depois do crime | Reprodução / NY Post
Um homem de Westchester, em Nova York (EUA), conhecido por ministrar aulas de astronomia para crianças no Bronx, foi levado à Justiça mais de 25 anos depois de estuprar e assassinar uma garota de 13 anos na cidade norte-americana.
Em fevereiro de 1999, a cidade de Nova York foi marcada por um crime que perdurou sem solução por mais de duas décadas. O caso envolveu Minerliz Soriano, uma adolescente de 13 anos cujo desaparecimento desencadeou uma busca intensa por respostas.
Minerliz, estudante no Bronx, foi morta de forma brutal. Após seu desaparecimento, a jovem foi encontrada dias depois em um contêiner de lixo da região, levando a uma investigação complexa. Durante anos, as evidências colhidas no local, especialmente materiais genéticos encontrados em seu agasalho, não foram suficientes para apontar com certeza o responsável pelo crime. O progresso da investigação dependeu de avanços tecnológicos que vieram anos depois.
A partir de 2021, a polícia de Nova York recorreu a métodos inovadores de análise genética, usando uma abordagem chamada genealogia genética forense. Utilizando bancos de dados públicos e privados, especialistas traçaram o perfil de DNA obtido na cena criminais até suspeitos indiretos, ampliando consideravelmente as possibilidades de identificação.
Esse esforço permitiu ligar o material genético ao nome de Joseph Martinez, também conhecido como “Jupiter Joe”. Ele era um morador respeitado de Westchester, conhecido por sua atuação levando conhecimento de astronomia a crianças do Bronx. O uso do DNA familiar foi um marco, já que essa técnica nunca havia sido empregada de forma bem-sucedida em casos como esse na região. Com a evidência direta, as autoridades puderam tomar medidas concretas contra Martinez.
Durante muitos anos, Joseph Martinez construiu uma reputação positiva na comunidade, frequentemente visto em locais públicos com seu telescópio, ensinando astronomia para jovens. Reportagens e vídeos em plataformas digitais reforçavam sua imagem de educador apaixonado pelo universo.
No entanto, a reconstituição do histórico do crime revelou que Martinez esteve ligado à cena do assassinato. Após uma análise detalhada do DNA, foi possível determinar que ele era compatível com o material genético encontrado na vítima há mais de 25 anos.
O elemento decisivo foi a contribuição de parentes, cujos dados em bancos genéticos ajudaram a traçar a árvore genealógica que convergia para o acusado. A investigação se intensificou e ele foi preso.
A condenação de Joseph Martinez foi marcada para janeiro de 2026.