
Adolescentes têm acesso facilitado a objetos magnéticos apesar de restrições oficiais, alertam médicos
Um menino de 13 anos da Nova Zelândia passou por cirurgia para retirada de parte do intestino após engolir dezenas de ímãs metálicos usados como brinquedos de mesa.
Segundo os médicos, o adolescente havia ingerido os ímãs cerca de uma semana antes de procurar ajuda. Durante esse tempo, sentiu dores abdominais intensas, mas demorou a buscar atendimento médico.
Quando chegou ao hospital, exames mostraram que os ímãs haviam se agrupado dentro do abdômen, unindo diferentes partes do trato intestinal.
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Durante o procedimento, a equipe cirúrgica encontrou correntes de ímãs aderidas entre o intestino delgado e o grosso. A força magnética prolongada interrompeu a circulação sanguínea em alguns trechos, provocando necrose tecidual.
Os cirurgiões removeram os ímãs e reconstruíram parte do órgão, mas foi necessário retirar seções comprometidas. O menino permaneceu internado por oito dias e recebeu alta após recuperação estável.
O episódio reacendeu preocupações de autoridades sanitárias sobre o comércio de ímãs de alta potência. Apesar de restrições em vigor na Nova Zelândia e na Austrália, os produtos continuam disponíveis em plataformas online, muitas vezes sem controle de idade ou origem.
Especialistas alertam que a ingestão de mais de um ímã pode causar perfurações, infecções e falhas intestinais graves.