Carro ficou com vidro estilhaçado | Reprodução / Melville-Smith
Um motorista foi surpreendido após um suposto meteorito colidir com o para-brisa de seu veículo. O evento ocorreu em uma estrada próxima à cidade de Port Germein, no sul da Austrália, durante uma noite tranquila e sem tempestades, quando um barulho intenso e uma explosão de vidro interromperam a viagem.
O motorista, que é veterinário, relatou que ficou desorientado ao notar que o vidro de seu automóvel havia se derretido parcialmente, situação incomum mesmo em acidentes de trânsito convencionais.
O mistério aumentou quando, ao analisar os destroços, o proprietário percebeu que a temperatura envolvida parecia ter ultrapassado o ponto de fusão do vidro automotivo, o que indicava um impacto com algo extremamente quente, segundo o Daily Mail.
Tal condição levou à hipótese de um fragmento espacial, como um meteorito, ter sido o responsável pelo incidente – afinal, colisões desse tipo são consideradas raríssimas, especialmente com veículos em movimento.
Na noite de 19 de outubro, o carro trafegava a aproximadamente 110 km/h por uma rodovia australiana. Segundo relatos, não havia sinais de chuva, relâmpagos ou outros veículos próximos no momento do acidente. Subitamente, um impacto violento danificou o para-brisa, liberando fumaça e cheiro de queimado dentro da cabine. Imediatamente após parar o carro, o motorista verificou que o local atingido estava não apenas derretido, mas também aquecido ao toque – sugerindo a presença de uma fonte de calor intensa e súbita.
Mesmo com câmeras de segurança instaladas no veículo, análises iniciais não revelaram nenhum objeto visível responsável pela colisão, o que reforçou a hipótese de uma origem extraterrestre. Para investigar o fenômeno, o automóvel foi inspecionado por especialistas de um museu local dedicado à pesquisa de meteoritos e minerais.
Quando um suposto meteorito atinge a superfície terrestre, principalmente em áreas povoadas, institutos científicos costumam ser acionados para confirmar a autenticidade do ocorrido. No caso australiano, técnicos avaliaram as características do vidro danificado, procurando sinais típicos de derretimento e marcas de impacto térmico. Além disso, a análise inclui a busca por resíduos metálicos ou minerais incomuns, que poderiam ser indícios da presença de fragmentos vindos do espaço.
Outro ponto considerado é a possibilidade de o impacto ter sido causado por detritos espaciais, como fragmentos de satélites ou peças de foguetes. Apesar desses itens alcançarem altas velocidades ao reentrarem na atmosfera, eles nem sempre geram calor suficiente para derreter vidro automotivo, tornando a investigação ainda mais complexa.
A chance de um carro ser atingido por um meteorito é considerada extremamente baixa. Registros históricos apontam que colisões diretas entre meteoritos e seres humanos ou objetos em movimento são excepcionais. Desde o início do monitoramento científico, há poucos relatos mundiais de pessoas atingidas diretamente por rochas espaciais. Um caso notório ocorreu em 1954, quando uma norte-americana foi ferida por um meteorito que atravessou o teto de sua casa, reforçando o quanto esses episódios são incomuns.
Outro cenário investigado envolve fragmentos de lixo espacial, que periodicamente caem em diferentes partes do planeta. Embora sua queda possa causar danos significativos, a maioria desses materiais é consumida durante a reentrada atmosférica. Por isso, casos onde veículos são atingidos permanecem como exceções dentro da vasta gama de ocorrências relacionadas ao espaço.
Durante investigações científicas, meteoritos são diferenciados de entulhos terrestres e detritos orbitais por suas composições químicas e características físicas, como metais raros e crostas de fusão.
O incidente ainda está sob análise por equipes especializadas, que aguardam a substituição do para-brisa para obter amostras precisas do material. Caso sejam encontrados vestígios compatíveis com meteoritos, cientistas poderão organizar expedições para tentar recuperar fragmentos espaciais no trajeto do veículo.
