Mulher cai de penhasco e sobrevive sozinha por três dias

O que era para ser uma simples trilha em família terminou em um pesadelo no deserto do Arizona, nos Estados Unidos. Janelle Banda, 32 anos, caiu de um penhasco de 120 metros enquanto explorava uma região conhecida como “Fim do Mundo”, em Sedona, no dia 11 de junho. A queda brutal a deixou ferida e imobilizada, sozinha sob temperaturas extremas no deserto.

Mesmo com tornozelos torcidos, arranhões e cortes por todo o corpo, ela resistiu durante três dias sem qualquer ajuda. A sobrevivente lutou contra a desidratação e o frio noturno enquanto a família, em Phoenix, se preparava para o pior.

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As buscas se intensificaram até que, em 16 de junho, um helicóptero da polícia do condado de Pima conseguiu localizar e retirar Janelle do cânion, após voluntários confirmarem que ela ainda estava viva. A operação exigiu urgência: o resgate precisava vencer o tempo e o clima hostil da região.

“Aquilo foi um milagre”, declarou Sarah Banda, irmã da vítima. “O alívio é imenso. Mas agora ela enfrenta outra luta: a dor física e o trauma psicológico de tudo o que viveu.”

Janelle passou um dia internada antes de ser liberada para continuar a recuperação em casa. Ela não consegue se locomover sem ajuda e sofre intensamente com as dores. O trauma da queda e o isolamento no deserto também deixaram marcas emocionais profundas.

Tanto Janelle quanto Sarah são entusiastas de trilhas e natureza, mas essa foi a primeira vez da vítima na rota do “Fim do Mundo” — uma área famosa pelas paisagens dramáticas e riscos constantes.

“Se você pisa no lugar errado ali, não tem volta”, afirmou Sarah. Ela também destacou o trabalho de voluntários que atuaram por dezenas de horas seguidas na busca pela irmã.

O caso da americana lembra o da brasileira Juliana Marins, que caiu em um vulcão na Indonésia. Diferentemente de Janelle, Juliana não sobreviveu. O corpo da turista foi resgatado na manhã desta terça-feira (24).