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Mulher é acusada de envenenar ex durante disputa pela guarda dos filhos

Uma mulher de 33 anos foi detida em Ridgefield, Connecticut (EUA), após ser acusada de envenenar o ex-marido em meio a uma intensa disputa pela custódia de seus filhos. Ela teria contaminado o vinho e o chá gelado da casa da vítima com etilenoglicol, substância tóxica e usada em anticongelantes.

Kristen Hogan foi presa na última sexta-feira e enfrenta acusações de duas tentativas de assassinato e uma de interferência com um oficial.

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O homem, cuja identidade não foi revelada nos documentos judiciais, ingeriu uma “pequena quantidade” do vinho que estava na geladeira. Ele começou a se sentir doente durante a noite, apresentando vômito e mal-estar no dia seguinte.

A mãe da vítima foi até a casa dele e o encontrou “arrastando as palavras, cambaleando e vomitando”, o que fez com que ela o levasse imediatamente ao hospital. No local, os médicos inicialmente suspeitaram de um derrame, mas monitorando os sintomas, identificaram sinais de envenenamento por etilenoglicol. Ele foi então transferido para a UTI e submetido à diálise devido a um quadro de insuficiência renal.

Investigação

O homem informou aos médicos sobre o vinho que bebeu. A garrafa já estava aberta há cinco dias, tendo sido inicialmente consumida em um jantar e depois refrigerada.

Ele se reuniu com detetives da Polícia de Ridgefield e expressou sua suspeita de que Hogan havia envenenado a bebida dias antes. No mesmo dia da suspeita, Hogan deveria ter ido a uma audiência judicial, mas não compareceu. Na mesma data, o homem recebeu um alerta indicando que o celular de Hogan havia se conectado ao seu Wi-Fi residencial e carregado dados.

Reprodução / Connecticut state police

Ele explicou aos investigadores que Hogan, com quem ele compartilha um filho, tinha acesso total e irrestrito à residência. Ele também afirmou que ela foi a “última pessoa, além dele próprio, a estar na residência antes de ele beber o vinho já aberto”.

O vinho foi apreendido pelos detetives e submetido ao Laboratório Forense de Connecticut, onde foi confirmado o resultado positivo para etilenoglicol.

Uso da substância

Inicialmente, Hogan negou qualquer irregularidade quando confrontada pela polícia. No entanto, os investigadores encontraram em seu celular buscas por diversas substâncias tóxicas, como “cianeto de potássio” e “monoetilenoglicol”, além de perguntas sobre “quanto dessas substâncias mataria”.

Hogan tentou explicar o monoetilenoglicol, dizendo que o havia comprado no final de julho para limpar o carpete na casa de sua mãe. Ela também afirmou que reconheceu a palavra “cianeto” da série de televisão Psych.

Posteriormente, ela acabou confessando ter misturado o líquido tóxico no vinho tinto do ex-marido, que estava “quase cheio”. Hogan alegou que “nunca quis matá-lo, mas apenas queria deixá-lo doente como vingança por ser mentalmente abusivo”. Ela não soube especificar a quantidade de etilenoglicol adicionada, mas afirmou ter despejado uma quantidade desconhecida.

Motivação

Os detetives informaram Hogan sobre o potencial risco de a criança que ela compartilha com o ex-marido ter consumido o veneno, o que ela negou “veementemente”. Contudo, o filho do casal foi hospitalizado no final de setembro com sintomas semelhantes aos do pai. Hogan afirmou que apenas o vinho e o chá gelado foram adulterados, e que “ninguém mais sabia que ela estava adulterando as bebidas [da vítima]”.

O homem disse à polícia que acreditava que a motivação de Hogan para o envenenamento era obter a propriedade total da residência e conseguir a custódia integral da criança.

Atualmente, Kristen Hogan está detida sob uma fiança estabelecida em US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 5.309.898,98).

Redação Aqui

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