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Mulher é presa por matar, esquartejar e assumir identidade de namorada

Uma mulher da Geórgia, nos Estados Unidos, foi detida sob a acusação de assassinato e roubo de identidade de sua namorada de Nova York, cujo corpo foi descoberto desmembrado e irreconhecível em um saco incendiado há quase dezoito anos.

A vítima, identificada apenas muitos anos depois como Nicole Alston, tinha 24 anos e residia em Manhattan antes de desaparecer misteriosamente. O caso chamou a atenção das autoridades e revelou, posteriormente, uma trama de assassinato, roubo de identidade e abuso prolongado.

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A investigação mostrou que Nicole Alston havia deixado Nova York em 2007 para viver com sua então namorada, Angel Thompson, em outro estado. Durante anos, o corpo de Nicole permaneceu sem identificação depois de ser encontrado esquartejado e queimado em uma bolsa às margens de uma estrada na Geórgia.

A brutalidade e o estado dos restos mortais comprometeram o reconhecimento rápido, levando a família a não obter respostas por tanto tempo.

Somente em 2023, devido ao avanço das tecnologias forenses e ao uso de DNA, foi possível associar o corpo encontrado a Nicole Alston, por meio de exames de correspondência genética com familiares. Até então, o paradeiro de Nicole era desconhecido e suas informações estavam dispersas em bancos de dados diferentes, dificultando a conexão do caso à pessoa desaparecida.

Esse procedimento foi determinante para permitir que os investigadores seguissem novas linhas de apuração e alcançassem a verdade sobre o que havia ocorrido em 2007.

Nicole Alston tinha 24 anos quando foi morta | Foto: Fulton County Sheriff

Procurada por outros crimes

A investigação conduzida pelas autoridades da Geórgia revelou detalhes fundamentais para compreender os motivos do assassinato. Angel Thompson já era procurada por crimes financeiros em Nova York e, segundo registros, mantinha com Nicole um relacionamento permeado por violência doméstica e coerção.

Evidências mostram que Nicole era alvo de tráfico e abuso, tornando-a vulnerável à manipulação e ao controle de sua companheira. Além disso, relatórios apontam que havia uma relação de dependência financeira, onde os rendimentos da vítima foram apropriados de forma fraudulenta após sua morte.

Após o homicídio, Thompson usou a identidade de Nicole para acessar benefícios governamentais, como assistência social, vale-alimentação e subsídio habitacional, durante oito anos.

Thompson ainda abriu contas bancárias, criou e-mails e chegou a substituir a foto em documentos oficiais para continuar utilizando o nome da vítima. O tempo decorrido, o estado do corpo e a falta de informações dificultaram o avanço das investigações por muitos anos.

Acusações

No âmbito criminal, Angel Thompson enfrenta acusações relacionadas a homicídio e roubo de identidade, além de responder por questões ligadas ao tráfico de pessoas e fraude financeira.

Redação Aqui

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