Antes de morrer, Joseph Hartsfield, de 46 anos, foi internado com níveis perigosamente baixos de glicose | Reprodução
Teve início nesta segunda-feira (29), em Houston, no Texas (Estados Unidos), o julgamento de Sarah Hartsfield, 48 anos, acusada de matar o quinto marido, Joseph Hartsfield, 46 anos, com uma dose letal de insulina. O caso aconteceu em janeiro de 2023. A ré, que é ex-sargento do Exército americano, se declara inocente, mas pode ser condenada à prisão perpétua.
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O homem foi internado em 7 de janeiro de 2023 com níveis muito baixos de glicose. Uma enfermeira suspeitou do uso de insulina, que é um medicamento vital, mas difícil de identificar em homicídios.
Casado há 11 meses com Sarah, Joseph faleceu no dia 15 de janeiro, e exames apontaram complicações decorrentes de efeitos tóxicos da substância. O tipo de morte foi classificado como “indeterminado”.
Em audiência de fiança, a mulher afirmou que um AVC causado por uma artéria entupida teria levado à morte dele. Dias após o falecimento, ela publicou no Facebook que estava perdida sem o marido e acrescentou: “Vou tentar dormir, não consigo mais chorar. Eu te amo, Joseph Hartsfield.” Uma semana depois, foi presa.
A família disse à polícia que ele planejava se divorciar, havia voltado à cidade natal e estava preocupado com a própria segurança. Em mensagens a uma amiga, Sarah fez pouco-caso do companheiro: “Eu paguei por tudo a ponto de não sobrar nada para mim. Ele só queria um dinheiro fácil e voltar a um estilo de vida que nunca poderia alcançar sozinho.”
Em 2018, Sarah matou a tiros o ex-noivo, David Bragg, alegando ter disparado “às cegas” em legítima defesa, pois ele a teria ameaçado. Depois de seu indiciamento pelo homicídio de Joseph, um promotor reabriu o caso.
Dois anos antes, o terceiro marido, Christopher Donohue, acusou-a de ter dado uma arma ao quarto marido, David George, para assassinar a nova esposa dele. George negou ter cogitado o crime, e Sarah não chegou a ser indiciada.
Para o xerife Brian Hawthorne, o histórico da ré reforça a gravidade das acusações. “Ela não é a pessoa inofensiva que tenta mostrar. Basta olhar seu histórico para perceber que há um lado muito maligno nela”, asseverou.
Com as declarações iniciais nesta terça-feira (30), o julgamento deve avançar e pode durar de duas a três semanas. Ex-maridos de Sarah foram intimados a depor.