Ashley King perdeu quase 100% da visão após coquetel adulterado na Ásia (Reprodução/Redes sociais)
Uma viagem de férias no sul de Bali, na Indonésia, mudou a vida da canadense Ashley King. Durante um ano sabático antes de ingressar na faculdade, ela consumiu coquetéis de vodka adulterados com metanol e teve 98% de sua visão perdida.
O caso aconteceu em 2011, mas a história voltou a circular recentemente após King compartilhar seu relato nas redes sociais.
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À época, ela apresentou sintomas semelhantes a uma ressaca comum, mas o quadro piorou dois dias depois, já na Austrália. Ao chegar à Nova Zelândia, a mulher perdeu quase completamente a visão e precisou ser hospitalizada.
Exames de sangue confirmaram a presença de altos níveis de metanol no organismo. Entre as medidas adotadas para salvar a vida da vítima estão o álcool etílico, tratamento que ajuda o corpo a metabolizar a substância. King também passou por hemodiálise e recebeu esteroides, mas permaneceu com apenas cerca de 2% da visão, descrita por ela como uma “imagem cheia de estática, semelhante a neve caindo na TV”.
O metanol, encontrado em produtos como gasolina e diluentes de tinta, é usado ilegalmente na produção de bebidas falsificadas para aumentar o volume e reduzir custos. Pequenas quantidades, no entanto, são perigosas: segundo especialistas, 30 ml (um shot) podem matar, enquanto 15 ml podem causar cegueira e falência de órgãos.
Em dezembro de 2024, sete turistas foram hospitalizados em Fiji após ingerirem bebidas contaminadas, e no mês anterior, seis jovens morreram no Laos nas mesmas circunstâncias.
A Ásia concentra a maior parte dos surtos de intoxicação por metanol, especialmente em países como Indonésia, Índia, Camboja, Vietnã e Filipinas.