Criança não aparecia na escola há pelo menos 12 dias (Reprodução/Facebook)
Uma mulher de 31 anos foi presa na Flórida, Estados Unidos, acusada de matar o próprio filho de 6 anos durante uma sessão de “exorcismo”. Rhonda Paulynice foi presa no último dia 30 de maio, após policiais encontrarem o corpo da criança dentro de casa, coberto por um pano.
O corpo do menino foi encontrado 12 dias depois de sua morte, que ocorreu no dia 18.
Leia mais:
Segundo a polícia do Condado de St. Lucie, em depoimento, a mulher admitiu ter sufocado o menino, identificado como Ra’Myl Pierre, alegando que cumpria “ordens divinas” para expulsar demônios do corpo do filho.
A investigação começou quando um policial escolar relatou a ausência da criança na escola, que não frequentava as aulas há duas semanas. Diante da preocupação, agentes foram até a casa da família, onde foram recebidos pela própria mãe. Ela os conduziu até um quarto, onde o corpo do menino foi encontrado.
A autora confessou ter sufocado o filho enquanto ele se debatia na cama, afirmando que não estava no controle do seu próprio corpo. Ela também relatou ter tido sonhos recorrentes nos quais Deus a instruía sobre o que fazer.
“Ela acreditava que o menino estava sendo controlado por um espírito e por um inimigo”, explicou o xerife do Condado de St. Lucie, Richard Del Toro. Para a mãe, a morte representou a libertação do filho. “Quando a criança parou de se mover, ela achou que ele havia sido libertado dos demônios e esperava que ele voltasse à vida naquele momento”, acrescentou o xerife.
Após a morte, Paulynice moveu o corpo para outra cama, cobriu o menino com um cobertor e, segundo relato, passava diariamente para verificar se ele ainda respirava, chegando a soprar ar quente em seu rosto na esperança de que ele revivesse.
Autoridades policiais acreditam que a mulher apresenta ausência de remorso em relação ao filho. Imagens captadas por câmeras corporais mostram ela passando brilho labial enquanto respondia aos agentes sobre o desaparecimento do menino. Em determinado momento, disse: “Ele vai voltar para a escola. Vou ligar para eles. Eu nem percebi isso. Vou ligar para o professor dele.”
A mãe permanece presa, com fiança estipulada em US$ 150 mil (cerca de R$ 846 mil).
Em nota, o distrito escolar do Condado de St. Lucie informou que oferecerá apoio psicológico e serviços de aconselhamento a estudantes e funcionários impactados pela tragédia.
A polícia segue investigando o caso.
