Você já ouviu falar no Relógio do Juízo Final? Esse conceito simbólico indica o quão perto a humanidade pode estar de uma catástrofe global. E, nesta terça-feira (29), ele foi ajustado para 89 segundos antes da meia-noite, ameaça ainda maior do que nos dois últimos anos, quando marcava 90 segundos. Ou seja, estamos – teoricamente – um segundo mais próximos do fim.
A decisão de mover os ponteiros foi tomada pelos cientistas responsáveis pelo relógio, que apontam fatores alarmantes, como o aumento das tensões nucleares envolvendo a Rússia e a Ucrânia, os conflitos em diversas regiões do mundo, os avanços da inteligência artificial com aplicações militares e, claro, as mudanças climáticas. Para eles, esses elementos elevam significativamente os riscos de uma catástrofe global.
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O Boletim dos Cientistas Atômicos, uma organização independente dos Estados Unidos, criou o Relógio do Juízo Final em 1947, logo após a Segunda Guerra Mundial, como um alerta para os perigos das tecnologias desenvolvidas pela própria humanidade. Na época, os ponteiros foram posicionados a sete minutos da meia-noite. Desde então, o relógio já foi ajustado 26 vezes, sempre refletindo o cenário global e o risco de um conflito nuclear.
Curiosamente, a concepção visual do relógio foi ideia da artista Martyl Langsdorf, que inicialmente considerou usar o símbolo do urânio. No entanto, ao ouvir os debates de cientistas, ela percebeu a urgência da mensagem que precisavam transmitir. Assim, optou por um relógio, um símbolo universal de “tempo se esgotando”.
O design original trazia um ponteiro preto e outro branco, além de marcações dos minutos na mesma cor clara. Mas, em 2007, o designer Michael Bierut reformulou a imagem, deixando ponteiros pretos para dar mais impacto visual.