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Tragédia: homem morre ao buscar abrigo em caçamba de reciclagem

Um imigrante tcheco de 36 anos, em situação de rua, morreu de forma acidental após procurar abrigo em um contêiner de reciclagem em Flintshire, no norte do País de Gales.

Segundo o inquérito, Vitalij Maceljuch entrou no contêiner por volta das 4h da madrugada, provavelmente para dormir. Câmeras de segurança registraram o momento, poucas horas antes de a caçamba ser recolhida por um caminhão da empresa de coleta Biffa.

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O material foi despejado no compartimento de compactação do veículo, provocando ferimentos fatais na cabeça e no pescoço da vítima.



Como foi o acidente

O motorista responsável pelo recolhimento, Richard Connolly, relatou que realizou as checagens de rotina: olhou dentro do contêiner, chamou em voz alta e sacudiu a caçamba antes de esvaziá-la.

Não houve resposta, e o motorista prosseguiu com o serviço. Mais tarde, imagens internas do caminhão mostraram Vitalij sendo levado junto com os resíduos.

O caminhão seguiu até o centro de gestão de resíduos de Thorncliffe, onde o corpo foi empurrado por um trator e depois despejado sobre a esteira de triagem por uma máquina com garra.

Funcionários inicialmente acreditaram tratar-se de um manequim, acionando a polícia apenas ao constatar que era um corpo humano.

Investigação e conclusões

O relatório do inquérito confirmou que Vitalij entrou sozinho no contêiner, que exibia placas de alerta sobre o risco de morte em caso de acesso indevido.

O laudo de necropsia indicou lesões compatíveis com esmagamento no caminhão. Foram encontrados traços de maconha e anfetamina no sangue da vítima, substâncias que, segundo o legista Jonathan Medcalf, podem ter reduzido a percepção do risco.

Durante a audiência em Ruthin, o assistente de legista David Lewis classificou a morte como “desventura”, termo britânico usado quando uma ação não intencional resulta em consequências fatais.

“Foi uma situação em que ele entrou na caçamba sem intenção de se matar, assim como o motorista coletou o lixo sem perceber que havia alguém dentro”, afirmou.

Ana Clara Parreiras

Jornalista formada pelo UniBH, com experiência em comunicação corporativa, social media, marketing e redação. Já atuou na comunicação da Associação dos Suinocultores de Minas Gerais, no marketing do grupo Diários Associados e na redação do Jornal Estado de Minas. Atualmente, é repórter e redatora nos portais Sou BH e Aqui.

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