Polícia
Adolescente que matou os pais pesquisou como sacar R$ 33 mil do FGTS
PC investiga se crime foi premeditado e se envolve interesses financeiros
O adolescente acusado de matar os próprios pais e o irmão de 3 anos pesquisou como receber o FGTS de uma pessoa falecida após o crime. Diante disso, a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) apura se o assassinato foi cometido por causa de dinheiro.
Segundo a instituição, ainda, o pai dele teria direito a cerca de R$ 33 mil.
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Sobre o crime
Os corpos de Inaila Teixeira, 37 anos e Antônio Carlos Teixeira, de 45, além do segundo filho deles, de 3 anos, foram encontrados nessa quarta-feira (25) em Itaperuna, no Rio de Janeiro.
A procura começou quando o adolescente procurou a delegacia junto com a avó paterna para relatar o desaparecimento dos pais e do irmão. Em depoimento, ele contou à polícia que o irmãozinho teria engasgado com um caco de vidro e que os pais sumiram ao levá-lo para o hospital.
Ao investigar o suposto acidente, então, os policiais descobriram que nenhum hospital da cidade tinha registro da entrada da família. Em investigação na casa das vítimas, os corpos foram encontrados dentro de uma cisterna.
Depoimento do autor
Em depoimento, a adolescente confessou o crime alegando que atirou na cabeça do pai e da mãe e no pescoço do irmão. Além disso, ele revelou que matou o caçula para “poupar o menino da dor de perder os pais”.
Além de suspeitar das mortes por dinheiro, a PC acredita que o assassinato envolve um namoro virtual com uma adolescente de 15 anos do Mato Grosso. Conforme o menino, os pais desaprovavam a relação e o impediram de ir ao encontro dela em outro estado.
Durante a perícia na casa, os investigadores encontraram uma mochila pronta para viagem, com os celulares das vítimas guardados dentro.
Premeditação
Conforme a instituição policial, depois de matar a família, o adolescente usou produto de limpeza para espalhar pelo chão até a cisterna, facilitando o transporte dos corpos. A arma foi encontrada na casa da avó, que disse tê-la guardado com medo de o neto se machucar, sem saber do crime.
Por isso, a polícia acredita que o crime pode ter sido premeditado. O caso continua sendo investigado.