
Aluguel segue em alta em BH: levantamento da Loft revela bairros que mais valorizaram e regiões onde os preços recuaram em 2025
Um levantamento inédito da Loft, que analisou oito mil anúncios ativos nas principais plataformas imobiliárias de Belo Horizonte, revelou uma mudança importante no mercado de aluguel da capital mineira em 2025. De janeiro a março para agosto a outubro, o valor médio do metro quadrado subiu 9%, alcançando R$ 40,37. No entanto, essa alta não ocorreu de forma uniforme: enquanto 13 bairros dispararam acima da média, outros 14 tiveram queda ou praticamente estagnaram.
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No topo do ranking aparece o Santa Mônica, em Venda Nova, que registrou a maior valorização do ano: 30%, com o metro quadrado chegando a R$ 26,43. Segundo Fábio Takahashi, gerente de Dados da Loft, para o veículo de comunicação O Tempo, o bairro combina “preço de entrada competitivo” e forte procura por imóveis de médio padrão, fórmula que vem atraindo novos moradores.
Logo atrás estão Palmeiras (26%), impulsionado pela busca por casas maiores, e Boa Viagem (24%), que se destaca pela localização hipercentral e pela baixa oferta de novos empreendimentos. Outros bairros tradicionais da zona Sul, como Cruzeiro, Santa Lúcia e Serra, também apresentaram alta expressiva.
Ao contrário do movimento de alta, alguns bairros registraram retração. O Belvedere, um dos metros quadrados mais caros da cidade, teve a maior queda: -14%, ficando em R$ 52,02.
Segundo com Takahashi, ainda pelo O Tempo, a redução está diretamente ligada ao cenário econômico. “Em períodos de juros altos e aumento do custo de vida, a demanda por imóveis de alto padrão tende a diminuir”, explica. Além disso, novos lançamentos em áreas vizinhas oferecem modernidade e melhor custo-benefício, o que redistribui a procura.
Outros bairros com queda foram Estoril (-7%), São Pedro (-5%), Floresta (-5%) e Planalto (-4%). Já regiões como Savassi, Buritis e Luxemburgo registraram crescimento tímido, de até 3%.
Para o especialista da Loft, os indicadores deste ano mostram um mercado de aluguel movimentado e altamente sensível ao comportamento do consumidor. Onde a procura cresceu, o proprietário ganhou poder de barganha. Onde o movimento diminuiu, o inquilino encontrou espaço para negociar.
A expectativa é que a tendência siga variando conforme lançamento de novos empreendimentos, mudanças de perfil dos moradores e pressões econômicas, como inflação e taxa de juros.