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Bolo com arsênio: polícia investiga se mulher envenenou outros familiares

O caso que abalou a cidade de Torres (RS) no Natal de 2024 segue sendo investigado pela polícia, com novos desdobramentos que ampliam o mistério. O envenenamento de um bolo com arsênio, que resultou na morte de três membros de uma mesma família, está agora conectado outras suspeitas envolvendo possíveis envenenamentos de mais dois familiares. A principal acusada, Deise Moura dos Anjos, permanece presa preventivamente enquanto detalhes sobre a tragédia vêm à tona.

O Crime no Natal

A tragédia ocorreu durante uma confraternização de Natal, onde o bolo fatal foi servido. A sobremesa, feita por Zeli dos Anjos, sogra de Deise, foi preparada com uma farinha que, segundo as investigações, teria sido contaminada pela acusada. Após consumirem o alimento, três pessoas da família sofreram graves sintomas de intoxicação, incluindo dores abdominais intensas, náuseas e insuficiência respiratória, levando à morte.

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Laudos periciais confirmaram que o arsênio presente na farinha foi o agente tóxico responsável pelos óbitos. A descoberta levou à prisão de Deise, que nega as acusações, mas teve seu depoimento considerado relevante para a investigação.

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Outros Possíveis Envenenamentos

A polícia agora investiga se Deise também teria tentado envenenar o marido, Diego Silva dos Anjos, e o filho dias antes do incidente fatal. Amostras de sangue e urina de ambos foram analisadas pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), revelando a presença de arsênio. As suspeitas recaem sobre um suco de manga que teria sido consumido pelos dois e preparado pela acusada.

Embora ambos tenham apresentado sintomas compatíveis com intoxicação, como náuseas e dores abdominais, eles se recuperaram. A polícia ainda trabalha para determinar se o envenenamento foi intencional ou acidental.

Arsênio: o veneno do caso

O arsênio é uma substância tóxica que, ao ser ingerida, pode causar sintomas como dores abdominais, vômitos e falência respiratória. É frequentemente usado em envenenamentos premeditados devido à dificuldade de detecção em exames comuns. Nesse caso, a polícia acredita que a farinha adulterada foi manipulada com cuidado para não levantar suspeitas antes de ser usada no bolo.

Ana Clara Parreiras

Jornalista formada pelo UniBH, com experiência em comunicação corporativa, social media, marketing e redação. Já atuou na comunicação da Associação dos Suinocultores de Minas Gerais, no marketing do grupo Diários Associados e na redação do Jornal Estado de Minas. Atualmente, é repórter e redatora nos portais Sou BH e Aqui.

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