Cachorro perdeu a visão temporariamente | Crédito: reprodução
Um cachorro da raça border collie foi intoxicado e ficou cego temporariamente após entrar em contato com certas espécies de plantas na área pet de uma padaria e restaurante do Morumbi, na zona oeste de São Paulo. Com 1 ano e 6 meses de idade, o animal apresentou sintomas graves após frequentar uma unidade da Bossa Bakery.
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De acordo com o jornal Metrópoles, o cachorro sofreu uma intoxicação significativa, manifestando convulsões e perda temporária da visão logo após o passeio. A gravidade do quadro exigiu uma internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) veterinária, onde permaneceu sob observação por seis dias até apresentar melhoras consistentes e receber alta.
A família, mesmo aliviada com a recuperação, destacou a importância do acompanhamento médico contínuo para evitar possíveis sequelas.
Determinadas plantas contêm substâncias químicas capazes de causar toxicidade ao serem ingeridas ou até mesmo ao entrarem em contato com a pele ou mucosas dos pets. Essas substâncias podem provocar reações que variam desde leves irritações até quadros neurológicos graves, como convulsões e perda temporária da visão.
Entre os compostos presentes nessas espécies nocivas encontram-se alcaloides, saponinas e látex, que são naturais, mas extremamente prejudiciais ao sistema digestivo, nervoso ou cardiovascular dos animais domésticos.
A susceptibilidade dos cães depende de fatores como o porte do animal, a quantidade consumida e a toxicidade específica da planta. Filhotes e animais curiosos estão mais vulneráveis, visto que o comportamento exploratório pode levá-los a mastigar folhas, caules ou flores aparentemente inofensivos.
Nos centros urbanos de São Paulo, é frequente encontrar determinadas plantas reconhecidas por sua toxicidade. Exemplos emblemáticos incluem a costela-de-adão (Monstera deliciosa), comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta e Dieffenbachia seguine), jiboia (Epipremnum aureum), azaleia, espirradeira (Nerium oleander), ficus, coroa-de-cristo (Euphorbia milii) e avelóz (Euphorbia tirucalli).
Uma atenção especial deve ser voltada para espécies como a Cycas revoluta (sagu-de-jardim), que pode desencadear sintomas graves até mesmo com pequenas quantidades consumidas.