Justiça

Caso Lorenza Pinho: promotor denunciado por matar esposa começa a ser julgado

Audiência de instrução contará com interrogatório de André Luís. Caso é julgado por desembargadores do TJMG

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Promotor é acusado de matar esposa em abril de 2021 | Foto: Arquivo Pessoal

Senta-se no banco dos réus a partir desta segunda-feira (8) o promotor afastado André Luís Garcia, de 52 anos. Ele é denunciado por matar a esposa, Lorenza Maria Silva de Pinho, de 41 anos, encontrada morta em abril do ano passado.

A audiência ocorre no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), na avenida Afonso Pena, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Para esta segunda, está prevista a audiência de instrução, com o interrogatório de André e a inquirição de testemunhas.

Devem ser ouvidas nesta fase mais de 20 pessoas. Com isso, a expectativa é de que a audiência de instrução se arraste por toda essa segunda-feira, podendo se estender até esta terça-feira (9).

O julgamento será feito por desembargadores do TJMG. A defesa de André chegou a solicitar que o caso fosse submetido ao Tribunal do Júri. Contudo, o entendimento da Justiça é de que, devido ao cargo de promotor que ele exercia, o caso deve ser julgado por desembargadores.

Caso Lorenza Pinho

Lorenza Pinho morreu no início de abril de 2021, no apartamento em que morava com o marido, André Garcia, e os cinco filhos do casal, à época com 2, 6, 10, 15 e 16 anos, no Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte.

Um atestado de óbito preliminar, feito por dois médicos, chegou a apontar que Lorenza morreu após se engasgar com remédios. O relatório do Instituto Médico Legal (IML), no entanto, relacionou a morte à intoxicação e asfixia por enforcamento.

Os dois médicos responsáveis pelo primeiro laudo também foram indiciados.

Conforme o Ministério Público, André foi denunciado por feminicídio. Segundo o órgão, ele teria aplicado adesivos de analgésicos na esposa e oferecido a ela bebida alcoólica. No sangue da vítima, foram encontradas substâncias, como Zolpidem, Mirtazapina, Quetiapina, Buprenorfina e Clonazepam.

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