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Cristian Cravinhos é solto e cumprirá pena em regime aberto
Condenado pelo assassinato do casal Richthofen, ele deverá seguir restrições, como comparecimento à Justiça e proibição de frequentar bares
Condenado pelo assassinato do casal Richthofen, Cristian Cravinhos foi solto na noite da última quarta-feira (5), após uma decisão da Justiça autorizar a progressão de sua pena para o regime aberto.
A juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da Vara de Execuções Criminais de São José dos Campos (SP), justificou a decisão com base na boa conduta carcerária do réu, ausência de faltas disciplinares nos últimos 12 meses e cumprimento do prazo legal para a medida.
Cravinhos, que cumpria pena na Penitenciária 2 de Tremembé, já havia sido beneficiado com saídas temporárias e sempre retornou à unidade prisional no prazo estipulado.
Além disso, foi submetido a um exame criminológico, no qual uma equipe multidisciplinar avaliou positivamente sua aptidão para a progressão de regime.
Apesar da decisão da magistrada, o Ministério Público se manifestou contra a concessão do benefício. O promotor Gustavo José Pedroza Silva argumentou que o exame psicológico realizado apontou traços disfuncionais de personalidade em Cravinhos, incluindo rigidez emocional, falta de empatia e uma visão egocêntrica da realidade. Segundo o MP, tais características indicam dificuldades na adequação plena às normas sociais.
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Agora em regime aberto, Cristian Cravinhos terá que cumprir uma série de exigências. Ele deverá comparecer trimestralmente à Justiça para prestar esclarecimentos sobre suas atividades, manter uma ocupação lícita, cumprir horário restrito de circulação – podendo sair para o trabalho às 6h e devendo retornar até as 22h –, além de não frequentar bares ou casas de jogos e não mudar de residência sem autorização judicial.
Cravinhos foi condenado em 2006 a 38 anos de prisão por envolvimento no assassinato dos pais de Suzane von Richthofen.
Em 2017, chegou a obter progressão de regime, mas perdeu o benefício após ser flagrado tentando subornar policiais durante uma abordagem em Sorocaba (SP), onde foi acusado de agredir uma mulher.