Defesa aponta situação de vulnerabilidade e assédio moral; Polícia Civil aguarda queixa para investigar
Uma mulher é suspeita de depredar uma casa lotérica no bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte, na noite da última quarta-feira (5), após discordar do valor da sua rescisão trabalhista. O caso, que foi registrado em vídeo e repercutiu nas redes sociais, mostra a ex-funcionária utilizando um organizador de filas do estabelecimento para quebrar vidros e equipamentos.
De acordo com a Polícia Militar, o proprietário da lotérica informou que a mulher foi ao local para questionar o valor do acerto trabalhista. Após ser informada de que o pagamento estava correto, ela se revoltou e começou a depredar o espaço. Entre os danos causados estão o vidro blindado do caixa, as divisórias das baias de atendimento e os leitores biométricos. Antes da chegada dos policiais, a mulher já havia deixado o local.
Horas após o ocorrido, a ex-funcionária se manifestou nas redes sociais, admitindo que cometeu um erro, mas justificando que agiu em um momento de desespero. Segundo ela, o valor recebido na rescisão foi de apenas R$ 13, o que a deixou indignada. Em uma publicação, compartilhou uma imagem do termo de rescisão do contrato de trabalho, que mostra que havia sido contratada no dia 23 de janeiro e dispensada cinco dias depois, no dia 28 de janeiro.
A defesa da mulher emitiu uma nota afirmando que ela estava em uma situação de vulnerabilidade financeira e emocional, agravada pela responsabilidade de sustentar a família. Além disso, a defesa declarou que a ex-funcionária foi vítima de assédio moral no ambiente de trabalho, fator que teria contribuído para seu comportamento impulsivo.
A Polícia Civil esclareceu que o crime de dano ao patrimônio exige a formalização de queixa-crime por parte da vítima para um inquérito policial ser instaurado. Até o momento, não há informações sobre uma eventual denúncia por parte do proprietário da lotérica.
