Denunciado por homicídio duplamente qualificado na Zona da Mata de Minas Gerais, um ex-policial militar brasileiro foi detido em Massachusetts, nos Estados Unidos, após um esforço conjunto entre autoridades brasileiras e norte-americanas. O ex-militar residia ilegalmente em Fall River e já havia sido exonerado da PM.
Conforme informações divulgadas pelo Ministério Público de Minas Gerais, a prisão ocorreu em 14 de janeiro de 2024, mas só foi tornada pública nesta quarta-feira (29). A busca pelo indivíduo começou após a emissão de um mandado de prisão internacional pela Interpol, que o classificou como altamente perigoso e com potencial para prejudicar a sociedade.
A condição de foragido do ex-policial começou depois que ele foi denunciado por homicídio. O crime teria ocorrido entre os municípios de Piranga e Porto Firme. Ele deixou o Brasil em março de 2024, embarcando no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e fugiu para os Estados Unidos. Desde sua saída, ele vivia ilegalmente no país norte-americano, o que intensificou as buscas pelas autoridades competentes.
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O Ministério Público solicitou à Interpol a Difusão Vermelha, um mandado de prisão internacional contra o ex-policial, essencial para efetuar a prisão do indivíduo fora do Brasil. As características desse tipo de mandado evidenciam a gravidade das acusações e justificam a cooperação internacional no caso.
A operação que culminou na prisão do ex-policial envolveu diversas autoridades. Nos Estados Unidos, o grupo de Operações de Execução e Remoção do Departamento de Imigração norte-americano desempenhou um papel crucial. Esta ação ocorreu em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Visconde do Rio Branco, a Promotoria de Justiça de Piranga, a Polícia Federal brasileira e as próprias autoridades americanas.
Trabalhando em conjunto, essas entidades rastrearam o foragido até Fall River, Massachusetts, onde ele foi detido.
Após a prisão, o processo ainda não foi concluído. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, o ex-policial deverá ser extraditado para o Brasil, onde enfrentará um novo julgamento. Até que a extradição seja efetivada, ele permanece sob a custódia das autoridades americanas.
A decisão final sobre a extradição e qualquer pena que ele possa enfrentar caberá à justiça brasileira quando ele estiver de volta ao país.