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Família procura PM após criança de 3 anos aparecer com hematomas e ferimentos em escola

Direção da escola diz que criança foi agredida por coleguinha de classe. Família contesta versão

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A Polícia Civil vai investigar o caso de uma criança de três anos, portadora de necessidades especiais, que ficou ferida dentro da escola em que estuda, em Brumadinho, na Grande BH. O aluno teve ferimentos no rosto, na boca e um corte na cabeça.

Segundo a família, a direção da EMEI Parque das Cachoeiras, onde a criança estuda, chamou a mãe do menino para ir até a unidade de ensino buscar o menino, que estava machucado e precisava de atendimento médico.

“Disseram a minha irmã que ele tinha tido uma queda de própria altura. Ele estava sujo de sangue e muito assustado. O menino tinha muitos hematomas no rosto, um corte na cabeça e outro dentro da boca”, afirmou a técnica de laboratório Helga Karla de Araújo, tia da criança.

Imediatamente, a mãe levou o menino a Unidade Básica de Saúde do bairro e de lá para UPA de Brumadinho. Durante o trajeto, ao analisar os ferimentos do filho, a mulher entrou em contato com a direção da escola e contestou a primeira versão dada pela escola. “Primeiro a diretora disse que não sabia o que tinha acontecido e depois, ao ser novamente indagada sobre o que realmente aconteceu, ela disse que um coleguinha de classe tinha agredido o menino”, explicou Helga.

À Polícia, a professora do menino disse que saiu da sala de aula para acompanhar outra criança que precisava ir ao banheiro e que ao retornar encontrou o menino já machucado. Para a família do aluno, houve negligência da escola. “A equipe médica que acompanha o meu sobrinho, ao fazer a liberação para ele ir à escola, recomendou que uma monitora estivesse com ele durante todo o tempo. E isso não estava acontecendo”, lamentou a tia.

“Bateu mamãe, bateu”, disse criança

O menino, que tem três anos, começou a estudar na escola há três meses. Segundo a família, a criança tem dificuldades para falar, não consegue completar frases e somente começou a andar no ano passado. “Ele teve crises compulsivas quando pequeno e até hoje usa medicamentos controlados. A minha irmã não queria colocar ele na escolinha, mas ele estava todo animado, interagindo bem com os coleguinhas até acontecer tudo isso”, disse Helga.

Durante o atendimento médico na UPA a criança tentou explicar a mãe o que aconteceu. “Quando a minha irmã perguntou, ele pegou a mãozinha, levou ao rosto e disse ‘bateu mamãe, bateu’ e começou a chorar”, descreveu a tia.

Depois de receber atendimento médico, o menino recebeu alta e foi submetido a um exame de corpo delito no Instituto Médico Legal de Betim, na Grande BH.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação afirmou lamentar profundamente o incidente ocorrido na Emei Parque da Cachoeira. A secretaria disse que o menino foi agredido por outra criança enquanto dormia e confirmou que o aluno estava desacompanhado no momento do incidente.

A Secretaria informou ainda que o fato é um caso isolado e que os profissionais serão advertidos administrativamente.

Medo

Depois do incidente, o menino recebeu alta e está em casa junto com os pais. Segundo a tia, a criança não está sequer brincando com os primos. “Ele está assustado a todo tempo. Ele não tá querendo brincar com nenhuma criança. Ele é um menino muito alegre, amoroso, mas agora está a todo tempo assustado”, afirmou.

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