Gasolina chega a R$ 5,59; etanol fica no limite da vantagem em relação ao derivado do petróleo
Os preços da gasolina e do etanol caíram ao longo de maio em Belo Horizonte e região metropolitana. O recuo ocorreu mesmo sem anúncio oficial da Petrobras sobre redução nas refinarias.
Segundo levantamento do site Mercado Mineiro, realizado em 200 postos, a gasolina teve queda de 1,4% e fechou o mês custando, em média, R$ 6,02. No início de maio, o preço médio era de R$ 6,10.
A variação entre o valor mais baixo e o mais alto encontrado foi de 21,5%. Em alguns postos, o litro foi vendido por R$ 5,59, enquanto outros cobraram até R$ 6,79.
Já o etanol teve redução de 2% no mesmo período, passando de R$ 4,38 para R$ 4,29, em média. O preço mais barato encontrado foi de R$ 3,89 e o mais caro, de R$ 4,99 — diferença de 28%.
Com o preço atual, o etanol corresponde a 71% do valor da gasolina, o que o posiciona no limite da vantagem econômica para motoristas que consideram o rendimento do combustível em relação ao seu preço.
A queda acontece em um momento de baixa no valor do petróleo no mercado internacional e valorização do real frente ao dólar, dois fatores que influenciam diretamente os custos dos combustíveis no Brasil.
No início de maio, a estatal anunciou corte no preço do diesel, com expectativa de repasse de R$ 0,14 por litro nas bombas. No entanto, a redução média entre os dias 9 e 30 foi de apenas R$ 0,07. O diesel passou de R$ 6,18 para R$ 6,11.
Para o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro), a queda no preço dos combustíveis registrada nas bombas não está diretamente ligada a decisões da Petrobras, mas à forte concorrência entre os postos.
O administrador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, avalia que o consumidor está à espera de um corte anunciado pela estatal, mas que, diante do cenário atual, os postos não podem mais esperar.