Notícias
Governo proíbe 20 marcas de azeite em 2025 por risco à saúde
Ações da Anvisa e do Ministério da Agricultura identificam falsificações, empresas fantasmas e uso de óleo comum no lugar de azeite
O governo federal intensificou a fiscalização sobre o mercado de azeites no Brasil em 2025 e baniu 20 marcas por apresentarem irregularidades graves, como falsificação, adulteração e risco à saúde pública. A última a entrar na lista foi a Vale dos Vinhedos, vetada nesta segunda-feira (7).
Leia mais:
- Azeite ou café impróprio? Descubra se comprou um produto irregular e saiba como agir
- Anvisa proíbe venda de seis marcas de azeite por origem irregular
- Anvisa proíbe mais duas marcas de azeite por fraude
As ações, lideradas pelo Ministério da Agricultura e pela Anvisa, revelaram práticas ilegais que vão desde a presença de óleo vegetal comum no lugar do azeite até a comercialização por empresas sem CNPJ válido. Desde janeiro de 2024, mais de 70 proibições foram aplicadas a marcas e lotes.
Entre os problemas detectados pelas autoridades estão:
- distribuição por empresas inexistentes ou com CNPJs inativos;
- uso de rótulos falsos ou irregulares;
- ausência de licença sanitária;
- embalagens com origem e composição duvidosas;
- instalações clandestinas e sem condições de higiene.
A lista de marcas suspensas inclui: Vale dos Vinhedos, Serrano, Málaga, Campo Ourique, Grego Santorini, La Ventosa, Escarpas das Oliveiras, Almazara, Quintas D’Oliveira, Alonso, Cordilheira, Villas Portugal, Villas Boas, Vale do Madero, Terrasa, San Martín, Miroliva, Castelo de Viana, Casa do Azeite e Santa Lucía.
Oito dessas — Cordilheira, Serrano, Alonso, Quintas D’Oliveira, Almazara, Escarpas das Oliveiras, Grego Santorini e La Ventosa — foram alvo de apreensão tanto pelo Ministério da Agricultura quanto pela Anvisa. A duplicidade reforça a gravidade das infrações.
Em março deste ano, uma operação nacional contra fraudes em azeites extravirgens identificou diversos estabelecimentos clandestinos. Os locais apresentavam péssimas condições sanitárias e vendiam produtos adulterados como azeite puro.
O caso da marca Alonso chamou atenção. O governo identificou duas marcas com esse nome no mercado. A proibida é fabricada pela Cotinga Ltda., de origem desconhecida. Já a marca regular vem do Chile e é exportada pela Agrícola Pobena S.A.
O Ministério da Agricultura reforça que, ao consumir produtos falsificados, o risco vai além da fraude econômica — pode afetar diretamente a saúde do consumidor. Empresas com CNPJs suspensos ou cancelados continuam comercializando azeites sem qualquer controle sanitário.