Homem é preso ao denunciar sumiço da filha que ele mesmo matou

Um canadense de 45 anos foi preso após denunciar o desaparecimento de sua filha, de 9 anos, em Nova York (EUA), que, na verdade, ele mesmo teria assassinado. O homem foi acusado de matar Melina Galanis Frattolin nesta segunda (21), um dia depois do corpo dela ter sido encontrado, de acordo com a polícia estadual. O corpo dela foi identificado nesse domingo (20) em Ticonderoga, Nova York.

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O pai da criança, Luciano Frattolin, foi acusado formalmente de homicídio de segundo grau e ocultação de cadáver. Os fatos começaram a ser revelados a partir do momento em que o próprio pai registrou o desaparecimento da filha, relatando supostamente um sequestro durante uma parada na rodovia Interestadual 87. O incidente ocorreu por volta das 22h do sábado.

De acordo com informações da Polícia Estadual de Nova York, Melina foi vista pela última vez em uma área próxima à saída 22 da rodovia Interestadual 87, em Lake George. A menina havia entrado legalmente nos Estados Unidos com o pai para passar férias e, durante o sábado, foi registrada por câmeras de segurança em um restaurante de Saratoga Springs.

Por volta das 18h30, relatou à mãe, por telefone, que seguiria viagem de retorno ao Canadá. Após esse contato, não houve mais comunicações diretas com Melina.

No domingo, guardas florestais localizaram o corpo da menina em uma parte rasa de um lago em Ticonderoga, pouco mais de 60 quilômetros ao norte do local originalmente reportado como cenário do desaparecimento. Conforme os autos judiciais, o corpo foi escondido sob um tronco, e ainda não foram divulgados detalhes sobre a causa exata da morte ou o motivo do crime.

Homem alegou sequestro

A repercussão do desaparecimento de Melina intensificou as operações policiais, levando à análise detalhada do relato apresentado por Luciano Frattolin. Inicialmente, o pai alegou ter parado com o carro na rodovia e que a filha teria desaparecido durante esse intervalo, sugerindo possível sequestro por ocupantes de uma van branca.

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Entretanto, à medida que a investigação prosseguiu, inconsistências foram identificadas nos depoimentos e em elementos do cronograma fornecido pelo suspeito.

A Polícia Estadual divulgou nota enfatizando que não havia qualquer comprovação da participação de terceiros no suposto sequestro, nem registro do envolvimento de uma van suspeita na ocasião. As informações falsas apresentadas na denúncia inicial contribuíram para direcionar os esforços para novas linhas de investigação.

Após o encontro do corpo, Luciano Frattolin foi detido e formalmente indiciado pelo Tribunal Municipal de Ticonderoga. O acusado, que residia com a filha em Montreal, declarou-se inocente diante das acusações, sendo representado por um defensor público. Ele permanece sob custódia da Cadeia do Condado de Essex, aguardando audiência judicial marcada para o final da semana, no contexto das investigações que prosseguem de maneira sigilosa.

Luciano Frattolin, de 45 anos, mantinha atividades empresariais em Montreal e era conhecido por atuar no setor de café. Um site relacionado à sua empresa apresentava referências à rotina e ao convívio familiar, mas foi retirado do ar após os últimos acontecimentos.