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Homem é preso por stalking após ligar e mandar mensagens por mais de 5h para a ex

Autoridades de Nova Iguaçu prenderam, nesta quarta-feira (22), Pedro Carlos de Menezes Ferreira, de 52 anos, por perseguir a ex-esposa, sendo acusado de stalking. Ele ainda enfrenta acusações de ameaça e injúria, com comportamentos reiterados que incluíam chamadas telefônicas e mensagens ofensivas à ex-companheira. De acordo com a vítima, o homem ligou e enviou mensagens sem parar entre 23h de terça (21) e 4h13 desta quarta.

A delegada Mônica Areal, responsável pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Nova Iguaçu, explicou que o crime de perseguição vai além do simples ato de seguir alguém. Envolve ações repetitivas que aterrorizam a vítima, podendo ocorrer por meio de telefonemas incessantes ou a presença constante do perseguidor em locais frequentados pela vítima, retirando sua liberdade.

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“Em muito boa hora surgiu o crime de perseguição. E o que é esse crime? Será que é só seguir uma pessoa uma vez? Não. Crime de perseguição é aquele crime que exige uma conduta reiterada. A pessoa liga mil vezes por dia, a pessoa segue a outra em todos os lugares, aparece em todos os lugares, não dá um minuto de paz. E geralmente esse crime vem acompanhado de injúria e de ameaças”, disse Areal ao O Globo.


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A mulher ainda relatou que toda a situação começou cerca de um mês atrás, após o fim do relacionamento deles. Ela disse que não adiantava bloquear o ex-marido, porque ele ligava de outros números.

“Tô falando para tu, arrombada, que eu tenho um monte de zap. Otária. Você vai morrer bloqueando (…) e vem mais e mais e mais e mais. Eu tenho mais de 50 linhas de telefone, otária”, disse ele à vítima, em um dos áudios enviados pelo WhatsApp.

Ao denunciá-lo, a mulher disse que o ex ligou centenas de vezes para seu celular e, caso as mensagens não fossem respondidas, mandaria pessoas ficarem rondando a casa dela ou um homem ficaria dentro de um carro vigiando a residência o dia inteiro.

O que caracteriza o crime de stalking?

Para ser caracterizado como stalking, é necessário que o comportamento de perseguição seja reiterado e cause dano emocional à vítima. No caso mencionado, Pedro Carlos de Menezes Ferreira, se demonstrou um padrão de comportamento obsessivo, ligando repetidamente durante a noite e enviando áudios com ameaças. A situação se torna ainda mais grave quando acompanhada de ameaças físicas e injúrias, intensificando o estado de medo e ansiedade da vítima.

As vítimas de stalking enfrentam um nível elevado de ansiedade, medo constante e perda de sentido de segurança. Como relatado, a ex-esposa de Pedro não tinha paz, temendo por sua segurança e privacidade. Esse tipo de situação pode levar a um estado de alerta contínuo, prejudicando a qualidade de vida e causando traumas psicológicos significativos. A delegada Mônica Areal enfatizou que o stalking adiciona uma carga de violência psicológica, impedindo a vítima de viver livremente.

Redação Aqui

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