Justiça
Homem que atacou jovem com água quente após encontro marcado pelo Tinder será julgado
Agressor criou um perfil falso no Tinder em que se passava por mulher. Vítima teve 20% do corpo queimado e ficou 43 dias internado no João XXIII
Na próxima quarta-feira (04/05), Mateus de Souza Ornelas, de 25 anos, acusado de tentar matar um jovem de 23 anos que conheceu pelo Tinder será julgado pela Justiça. No dia 31 de outubro do ano passado, Mateus marcou um encontro com a vítima depois de criar um perfil falso no aplicativo de relacionamento onde se passava por uma mulher.
O agressor e a vítima já conversavam há pelo menos três meses. Pelo Whatsapp, Mateus se fazia passar por Juliana uma jovem estudante que se dizia vítima de opressão do pai. No dia do crime, o jovem foi até o suposto apartamento da moça, só que ao chegar no local do encontro descobriu que tinha caído em uma armadilha.
Ao invés de encontrar Juliana, quem o esperava era Mateus. Depois de uma discussão, o homem atacou o rapaz com uma panela óleo quente. O rapaz ainda conseguiu fugir do apartamento do agressor e pedir socorro à Polícia. Ele teve 20% do corpo queimado.
Depois do crime, Mateus ainda pichou o carro do rapaz e o muro da casa da vítima. Segundo a família da vítima, o agressor ficou dias rondando a residência da vítima e enviou diversas mensagens em tom de ameaça.
Dor e tristeza
Cinco meses após o crime, o rapaz ainda segue um longo caminho de recuperação clínica, física e emocional. “Sei que o pior já passou, que hoje meu filho já recebeu alta do hospital, mas enquanto este psicopata estiver solto, não me sinto completamente segura”, afirma a mãe do jovem.
Longa recuperação
Com queimaduras de 3º grau, principalmente no peito e rosto, o jovem ficou internado por 43 dias no Hospital Pronto-Socorro João XXIII. Passou por duas cirurgias plásticas e recebeu enxertos musculares em várias partes do corpo. Atualmente, o jovem faz acompanhamento clínico com a equipe médica do Hospital Pronto-Socorro João XXIII, precisa fazer sessões de fisioterapia e ainda sente fortes dores causadas pelas sequelas dos ferimentos. “Ele ainda faz acompanhamento psicológico e psiquiátrico e vem superando tudo o que aconteceu. Durante muito tempo teve que fazer uso de morfina e ainda precisa suportar as dores ocasionadas pelas queimaduras”, relatou a mãe do jovem.