Polícia
Mãe é condenada após filho ser atacado por pit bull algemado
Mulher cumprirá ao menos 19 anos por maus-tratos e sequestro infantil em Ohio
A norte-americana Angelina Williams, 28, foi condenada nesta semana a pelo menos 19 anos de prisão após o filho de seis anos quase morrer ao ser atacado por um pit bull enquanto estava algemado.
O caso aconteceu em agosto do ano passado, no estado de Ohio, nos Estados Unidos, e gerou comoção pelas circunstâncias do ataque e a brutalidade do castigo imposto à criança.
- Pit bull arranca parte da orelha de criança em ataque na Grande BH
- Menino de 4 anos morre após ataque de pit bull
- Vídeo: idosa de 77 anos é atacada por pitbull em MG
- Pitbull ataca a própria tutora e é morto a facadas por vizinhos
Segundo a promotoria, o menino foi imobilizado pela mãe com algemas nas mãos e tornozelos como punição por se recusar a limpar fezes do cachorro com as próprias mãos.
Ainda de acordo com os registros judiciais, o ataque aconteceu no momento em que Williams tentava amarrar o filho a uma cadeira. Ao cair no chão, o menino foi mordido no pescoço pelo pit bull, que estava na casa naquele dia.
Uso recorrente de algemas como punição
Durante a audiência, Williams admitiu acreditar que era aceitável usar algemas para disciplinar os filhos. Disse que não teve a intenção de causar danos e afirmou que seguia orientações de um tio.
A investigação apontou que o uso de cordas e algemas era recorrente. Em uma das provas apresentadas, a mãe havia publicado em rede social uma imagem da filha de 8 anos amarrada.
O juiz Dave Stimpert, ao anunciar a sentença, descreveu a conduta da mãe como cruel e repreendeu duramente a forma como o menino foi exposto ao risco, afirmando que ele foi tratado como “brinquedo de mastigar” do cachorro.
Criança sobreviveu e se recupera
A criança foi socorrida a tempo e sobreviveu ao ataque após uma intervenção médica de emergência. O
promotor do caso destacou a recuperação do menino como “surpreendente”, dada a gravidade das lesões causadas pelo animal.
Atualmente, tanto ele quanto a irmã vivem sob a tutela de um responsável legal. As crianças recebem acompanhamento psicológico e medidas de proteção foram determinadas pela Justiça.
Outros envolvidos também respondem na Justiça
O cachorro envolvido no ataque pertencia a Robert Michalski Jr., que fugiu do local levando o animal logo após o ocorrido. Michalski, segundo os autos, tentou impedir que o pit bull fosse recolhido pelas autoridades. Ele também foi indiciado e aguarda sentença.
Taylor Marvin-Brown, apontado como companheiro de Williams, também foi envolvido no caso e responde por participação nos maus-tratos.
Angelina Williams foi presa ainda em agosto de 2024 e desde então permaneceu detida sem direito à fiança.
Em maio deste ano, declarou-se culpada das acusações de sequestro, maus-tratos infantis, posse de instrumentos criminosos e obstrução da justiça, evitando o julgamento com júri.