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Mãe é presa após negociar abuso de filha de sete meses por R$ 2,2 mil
Plataforma de mensagens e vídeos denunciou às autoridades federais o conteúdo enviado pela mulher
Morgan Stapp, uma mulher de 32 anos do estado de Indiana (EUA), foi presa após suspeitas de que teria negociado o abuso de sua filha de apenas sete meses pela internet por US$ 400 (cerca de R$ 2,2 mil). A denúncia surgiu após uma interação em uma rede social.
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Investigações realizadas pelo FBI apontaram que Morgan utilizou o Snapchat para contatar um homem com o objetivo de intermediar práticas ilícitas envolvendo sua filha.
“Metade agora, o restante depois. Vou te mandar meu endereço. Eu moro sozinha, e o pai dela não faz parte da vida dela”, escreveu ela, segundo a revista People.
As mensagens trocadas, que serviram como principal prova durante a apuração, chamaram atenção das autoridades.
Neste episódio, o próprio aplicativo Snapchat reportou o comportamento à polícia federal dos Estados Unidos, facilitando a abertura da investigação e a captura da suspeita. Às autoridades, ela alegou que sua conta foi banida e que teria perdido fotos salvas de seus filhos. Ao ser interrogada, também disse que havia sido “hackeada”.
Pouco depois, em três dias, mais de sete mil mensagens foram enviadas a vários usuários pelo celular da mulher, entre elas, 81 diziam: “Quer comprar fotos minhas nua para eu poder comprar fraldas?”. Algumas fotos da criança chegaram a ser enviadas pelo aplicativo.
Além do monitoramento de mensagens explícitas, as empresas de tecnologia também empregam inteligência artificial para detectar imagens e conversas potencialmente criminosas.
No caso específico de Indiana, a legislação prevê agravantes quando a vítima tem idade inferior a 12 anos, situação aplicável na denúncia contra Morgan Stapp. Ela foi acusada de tráfico sexual infantil sob fiança de US$ 100 mil, podendo ser condenada a até 30 anos de prisão.
A defesa da acusada é feita pela defensoria pública, já que ela alegou não ter condições financeiras de pagar um advogado.
O processo inclui etapas como investigações preliminares, audiência de custódia, julgamento e definição da pena. A sentença deve ser definida em 15 de setembro.