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Médica é investigada por morte de paciente ao tentar pôr DIU
A defensora pública sofreu uma infecção generalizada 7 dias após tentar colocar DIU; médica nega envolvimento
Uma médica está sendo investigada pela Polícia Civil, Ministério Público e Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM-RR) por suspeita de negligência e homicídio culposo. A apuração foi iniciada após a morte da defensora pública Geana Aline de Souza, de 39 anos, que sofreu uma infecção generalizada uma semana após tentar realizar um procedimento para inserção de DIU.
O caso ocorreu em Boa Vista, no último dia 25 de março. Geana havia se consultado com a médica Mayra Suzanne Garcia Valladão no dia 18 de março para colocar o dispositivo intrauterino, um método contraceptivo. No entanto, a inserção não foi concluída e, após deixar o consultório, a defensora começou a sentir fortes dores e febre, segundo relatos de familiares.
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Infecção generalizada
No dia 25, então, Geana foi levada em estado grave ao Hospital Ville Roy, unidade particular da capital. Ela deu entrada no pronto-socorro às 15h25 apresentando quadro de choque séptico, insuficiência renal, hepática e circulatória, além de dores abdominais intensas. Apesar de passar por cirurgia de emergência e ser internada na UTI, ela não resistiu e morreu às 22h50 do mesmo dia.
Em depoimento, a família informou que Geana desenvolveu uma infecção grave no colo do útero, que se espalhou pelo organismo, comprometendo órgãos vitais. Diante da gravidade do caso, as autoridades investigam se houve erro médico durante o procedimento.
Investigação
Em nota divulgada no dia da morte da defensora, Mayra Valladão classificou a ocorrência como uma “fatalidade” e negou qualquer relação entre a morte e os atendimentos que prestou. Embora a médica declare possuir pós-graduação em ginecologia e obstetrícia, seu registro no CRM-RR não apresenta especialidade cadastrada nem Registro de Qualificação de Especialista (RQE) na área.
As condições do consultório da profissional também estão sendo verificadas. No último dia 28 de março, o local passou por inspeção sanitária para avaliar os padrões de biossegurança dos equipamentos utilizados no procedimento.