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Menina de 11 anos que morreu foi espancada por cinco colegas em escola

A menina de 11 anos que morreu após ser agredida dentro da escola municipal onde estudava em Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco, foi espancada por quatro meninos e uma menina. De acordo com o boletim de ocorrência do caso, um dos colegas iniciou o espancamento porque a vítima não quis “ficar com ele”.

Alícia Valentina faleceu no domingo, 7, após ter sua morte cerebral confirmada. As investigações apontam que ela foi espancada dentro da Escola Municipal Tia Zita na quarta-feira, 3, por cinco colegas.

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A causa da morte, conforme o atestado de óbito, foi “traumatismo cranioencefálico produzido por instrumento contundente”, o que sugere que a criança pode ter sido atingida na cabeça por algum objeto.

De acordo com o boletim de ocorrência, um dos agressores iniciou o espancamento porque Alícia teria recusado “ficar com ele”. O ataque ocorreu no banheiro ou em suas proximidades, onde a menina foi “interceptada pelos agressores”. O nome do principal agressor, um menino, não foi divulgado, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

As informações iniciais para o boletim de ocorrência foram fornecidas por outra criança que estuda na mesma escola. O caso, que inicialmente foi registrado como lesão corporal na Delegacia de Belém do São Francisco, foi posteriormente retificado para lesão corporal seguida de morte. A tia de Alícia foi quem registrou a ocorrência, pois a mãe da menina estava no hospital acompanhando a filha.

Após as agressões, Alícia foi atendida em três unidades de saúde da região antes de ser transferida para o Hospital da Restauração, no Centro do Recife, onde seu óbito cerebral foi confirmado. A mãe da vítima, que preferiu não se identificar, relatou que foi avisada do estado de saúde da filha por uma professora.

Ela soube da gravidade dos ferimentos apenas no segundo hospital que atendeu a criança, localizado em Salgueiro, a aproximadamente 80 quilômetros de Belém do São Francisco.

Ainda segundo a mãe, após o espancamento, funcionários da escola levaram Alícia a um hospital municipal, de onde ela foi liberada após medicação. Em casa, a menina apresentou sangramento no ouvido, o que levou a mãe a procurar um posto de saúde, onde foi novamente liberada.

Somente após Alícia vomitar sangue em casa, a mãe a levou ao Hospital Municipal de Belém do São Francisco, de onde a menina foi imediatamente encaminhada para o Hospital de Salgueiro.

Exames subsequentes confirmaram que a criança sofreu uma “pancada muito forte na cabeça”, o que, nas palavras da mãe, “não tinha sido um tapa de jeito nenhum”. Alícia, durante todo o socorro, não conseguiu relatar como as agressões aconteceram.

No colégio, a família não obteve explicações sobre as circunstâncias exatas das agressões, embora uma professora tenha mencionado que parte da confusão foi registrada por uma câmera de segurança.

Em resposta ao caso, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou um procedimento administrativo para monitorar a situação e solicitou informações à prefeitura municipal, que se prontificou a colaborar com as investigações fornecendo dados e informações

Redação Aqui

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