População com mais de 60 anos já supera jovens no Brasil; mineira teve filho na terceira idade
Beatriz Bárbara, de 63 anos, moradora de Três Pontas, no Sul de Minas, deu à luz um menino em março deste ano. O nascimento aconteceu após a aposentada já ter passado pela menopausa e por uma laqueadura.
Com dois filhos adultos, de 40 e 43 anos, Beatriz se casou novamente com Éder, de 35 anos, e decidiu tentar mais uma gravidez.
O casal recorreu à fertilização in vitro, utilizando um óvulo de doadora anônima e o sêmen do marido. O embrião foi implantado após exames que indicaram condições clínicas favoráveis para a gestação.
O procedimento de fertilização in vitro em mulheres acima dos 50 anos é tecnicamente viável, embora mais raro e com riscos elevados.
A legislação brasileira permite esse tipo de tratamento, desde que a paciente apresente boa saúde e seja acompanhada por equipe médica especializada.
O nascimento de Caio, filho de Beatriz, ocorreu sem intercorrências graves. O caso chama atenção por desafiar estatísticas e padrões sobre a idade considerada ideal para a maternidade.
A história de Beatriz ocorre em meio a um processo acelerado de envelhecimento da população brasileira.
Segundo o IBGE, o número de pessoas com mais de 60 anos dobrou entre 2000 e 2023. Pela primeira vez, o país tem mais idosos do que jovens entre 15 e 24 anos.
A estimativa é que, até 2030, o número de pessoas com mais de 60 anos ultrapasse o de crianças e adolescentes.